General
Tecnologia é aliada na busca pela inclusão social
O VI Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi) será entre 13 e 15 de agosto, em Brasília. O evento acontece desde 2008 e tem o intuito de estimular o debate de temas acerca da política e gestão de tecnologias em software livre, sempre tomando por base conceitos como promoção de cidadania e compartilhamento de conhecimentos. Diante disto, a inclusão digital não poderia ficar de fora das abordagens do Consegi.
Inclusão na pauta
Entende-se por inclusão
digita a democratização do acesso às Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). Uma pessoa considerada incluída
digitalmente não é apenas aquela que se utiliza dessas novas linguagens
de comunicação, mas sim aquelas que usam este suporte para melhorar suas
condições de vida. Por este motivo, de acordo com Leonardo Costa, em artigo para o Programa de Pós-graduação em Comunicação e
Culturas Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia, “a inclusão
digital é vista por muitos como um importante meio de integração das
classes menos favorecidas, sendo um fator de auxílio para a inclusão
social das mesmas”.
Algumas palestras na programação do Consegi 2013 abordam essa temática. Uma delas será ministrada pela secretária de inclusão digital do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto, que vai expor o projeto Cidades Digitais, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A secretária afirma que o projeto visa possibilitar o avanço qualitativo e a consolidação de uma cultura digital.
“A tecnologia da informação deve ser um instrumento que possibilite, além de ganhos culturais, educacionais e econômicos, uma forma de se exercer cidadania”, explica. Ainda nesta linha haverá o debate “Inclusão Digital e Cidades Digitais: Ângulos de Convergência”. Também serão discutidos em palestras no Consegi o Marco Civil da Internet e a Aplicação de Software Livre nas Escolas Públicas Brasileiras, entre outros temas.
No Serpro
O Serviço Federal de
Processamento de Dados (Serpro) desenvolve o Programa Serpro de Inclusão
Digital (Psid). A empresa se dedica a montar e manter telecentros
comunitários, em parceria com prefeituras e organizações não governamentais. “Não tem só o lado técnico. Tem a questão de
proporcionar a tecnologia, o conteúdo, a informação. O grande legado é o
trabalho comunitário, é saber que as pessoas têm que trabalhar juntas
para o telecentro funcionar e favorecer o crescimento local”, comenta o representante do Psid Antônio Carlos Miranda.
Para ele, a inclusão digital é inerente ao software livre, fator que a torna uma temática de debate indispensável em um evento de tecnologia como o Consegi. “Eles têm ligação materna. Não há possibilidade de se fazer inclusão digital sem software livre”, finaliza.