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Software Livre também é economia para o Estado
Mazoni informou esse número durante a abertura da reunião do CISL, nesta terça-feira, 31 de março, no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT. O coordenador explicou que essa economia não é o ponto mais relevante do uso de plataformas abertas no governo: "A principal vantagem é a possibilidade de investir em inteligência tecnológica nacional e disseminar a lógica de cooperação e compartilhamento nas instituições governamentais, tornando a administração de TI pública mais eficiente, ágil e justa", avaliou.
O indicador de economia foi gerado a partir de informações da Pesquisa de Software Livre, aplicada em 2008 pelo CISL. O coordenador de software livre do Serpro, Deivi Kuhn, analisa que o valor economizado ainda deve ser maior do que o informado, já que apenas 62 instituições, das 99 participantes do CISL, responderam a pesquisa. "Embora sejam apenas 62 unidades do governo, a pesquisa representa mais de dois milhões de máquinas públicas, um número bastante expressivo", ressalta Deivi.
Rogério Santanna, secretário da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, alertou para a necessidade de as instituições do governo contratarem TI de forma diferenciada: "os nossos contratos precisam ser mais supervisionados. O fornecedor não pode gerar códigos de qualquer forma, ele deve estar sustentado por padrões. Aí entra a importância de um framework como o Demoiselle", disse. Na avaliação do secretário, cerca de 90% dos problemas do governo com tecnologia serão solucionados com esta padronização.
Novo mundo
Clarice Coppeti, vice-presidente de tecnologia da Caixa Econômica Federal, foi categórica ao afirmar que a Caixa rompeu com o preconceito de que software livre não deve ser utilizado em soluções críticas. "Hoje, a Caixa opera com soluções livres, sistemas que são extremamente críticos para o banco e a sociedade, e tem um índice maior de disponibilidade e segurança", comemorou. Clarice anunciou ainda que a Caixa vai adotar o Correio Livre Expresso, trazendo cerca de 100 mil novos usuários para a comunidade desta importante e bem-sucedida solução de comunicação e mensageria.
O presidente do Instituto de Tecnologia da Informação, Renato Martini, indicou que o maior benefício das discussões sobre o uso de software livre é o clima de sinergia e convergência das áreas de TI do governo. "Os efeitos colaterais desse clima são o trabalho em grupo, a cooperação e o desenvolvimento compartilhado", completou Martini.
Na mesma linha, Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev, reafirmou o compromisso da empresa com o movimento do software livre, com cultura de compartilhamento e reuso de códigos. "Quando decupamos um sistema, descobrimos que o nosso nível de similaridade de aplicações é muito maior do que imaginamos", comentou.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 31 de março de 2009