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"Software livre faz parte da nossa estratégia de cooperar"
Em sua palestra na manhã desta sexta-feira, 11 de novembro, Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serpro, falou sobre "Governança de TIC", utilizando como parâmetro sua experiência à frente do Serpro e da Celepar, organizações que utilizam o software livre como elemento estratégico. Em sua fala, Mazoni apresentou a todos a dimensão do Serpro, citando alguns sistemas estruturantes desenvolvidos pela empresa e que são de fundamental importância para o bom funcionamento do Estado.
Como exemplo, usou o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), instrumento moderno e eficaz para o controle e acompanhamento dos gastos públicos. "Todas as transações financeiras do governo federal passam pelo Serpro. Daí a importância dos sistemas estruturantes desenvolvidos pela empresa para o Estado" explicou.
Mazoni explicou ainda que, no início da computação, as grandes organizações utilizavam a computação centralizada com origem na contabilidade, na qual havia grandes volumes de dados e pouco processamento. Hoje, segundo ele, o cenário é outro e há grande necessidade de se processar os dados, o que configura um novo cenário no mundo das TICs.
Dentro desse novo cenário, foi apresentada estratégia de governança de TIC do Serpro, a qual, segundo Mazoni, apresenta três características: a de não inventar o que já está inventado (e isso não quer dizer não investir em inovação); cooperar com aquilo que já existe (utilizando software livre e sendo generoso no compartilhamento); e ser efetivamente software livre (não apenas usar e desenvolver; mas também distribuir).
Como entusiasta da plataforma aberta, Mazoni defendeu a causa por acreditar que o SL obedece quatro liberdades fundamentais não existentes nas plataformas proprietárias. "Na maioria dos produtos fechados que a gente utiliza, o que se adquire é uma licença de uso. Temos que dizer para o que vamos usar e onde vamos usar", explica. Por outro lado, o software livre permite cooperação. Com ele, indicou Mazoni, as pessoas, empresas e governos podem usar o programa para o que bem entenderem, ter acesso ao seu código-fonte, estudar e adaptar esse programa aos seus propósitos e liberar essas modificações, de forma que toda comunidade se beneficie.
Comunicação Social do Serpro - Belém, 11 de novembro de 2011