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Software livre é ferramenta de soberania
"Segurança e Privacidade: o software livre contra a espionagem" foi o tema do debate do Pré FISL 15 Amazônia, na tarde de quinta-feira, 10, no auditório do Instituto Federal do Pará (Ifpa). Na ocasião, o presidente da empresa de processamento de dados do Pará (Prodepa), Theo Pires, alertou que as ferramentas que fazem com que a vida das pessoas seja mais transparente, como as redes sociais, devem ser uma preocupação das organizações. Para ele, a utilização do software livre deve ser um aliado das empresas no combate à espionagem. "Quanto mais nós conhecermos o código, mais será possível garantir a confidencialidade da informação. Por outro lado, se o código é fechado essa garantia fica inviável", disse Theo Pires.
Para ele, o maior problema de segurança enfrentado pelas empresas é a conduta das pessoas. De acordo com o presidente da Prodepa, a quebra dos protocolos é um dos grandes causadores de invasões, e acredita ser necessário capacitar as pessoas a fim de que elas trabalhem alinhadas à necessidade de confidencialidade, respeitando o protocolo de segurança da organização.
Soberania
Outro que defende a utilização dos padrões abertos no combate à espionagem e monitoramento on-line, é o embaixador da Associação Software Livre (ASL), Sady Jacques. Para ele, somente é possível ter a internet como temos hoje porque parte dela é em código aberto. "Ouso dizer que 90% da internet é baseada em software livre", afirma.
Sady Jacques alertou a plateia para a importância de uma conduta consciente na internet, sobretudo dos jovens que usam redes sociais. Falou também, sobre a engenharia social utilizada pelas grandes corporações, que em sua opinião transgridem princípios éticos e de soberania. O embaixador da ASL é categórico ao afirmar que não há controle sobre segurança e privacidade na rede. "As redes sociais são uma faca de dois gumes. Se por um lado ela propicia a integração, por outro constitui uma enorme base de dados que é utilizada intensamente para a dominação econômica", explica. "Uma maior segurança e privacidade, dependem de mais educação tecnológica e política, tratando o software livre como uma ferramenta de soberania", concluiu.