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Siscomex passa a utilizar VPN livre

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) é mais um dos diversos serviços de governo a operar com a tecnologia VPN livre do Serpro. A sigla vem do inglês e significa Virtual Private Network, ou Rede Virtual Privada, em português.
Criada com a finalidade de dar mais autonomia sobre o serviço e gerar economia de recursos, a VPN livre vem, gradualmente, substituindo as duas modalidades de redes privadas virtuais antes oferecidas aos clientes: o W-VPN e C-VPN. Ambas soluções foram desenvolvidas no padrão fechado e geravam dependência do cliente em relação ao fornecedor de produtos ou serviços, implicando altos custos de migração.
Para o chefe do setor de gestão do Serviço de Acesso Remoto (SAR), Francisco Mauro Evangelista, a implantação do VPN livre no Siscomex representa um passo importante no fortalecimento das operações de comércio exterior do Brasil. "Por se tratar de um sistema estratégico para a economia nacional, é importante que ele esteja protegido e nos permita solucionar com maior rapidez os eventuais problemas, sem interferir de maneira significativa nas transações comerciais do país", explica.
Benefícios
Durante a migração, só foi necessário instalar o novo software no padrão que já era utilizado na modalidade anterior. Uma operação, segundo Francisco Mauro, rápida e simples, que não atrapalhou o processamento de informações pelo Siscomex. Em relação aos custos, ele explica que a VPN livre já gerou uma economia de 91% em relação a contratação de suporte à infraestrutura e hardware, o que é apontado como um dos grandes diferenciais da solução.
Outra vantagem é que a solução utiliza certificado digital em sua autenticação, garantindo a integridade, confidencialidade, autenticidade e não-repúdio, além de possibilitar auditoria dos acessos. "O código-fonte da VPN é aberto e, consequentemente, auditável. Em tempos de espionagem é importante que uma aplicação seja livre de backdoor", explica Francisco Mauro.
Cronograma
A migração das soluções de VPN no Serpro iniciou-se em 2012, com os empregados, atingindo a marca de 100% no mesmo ano. Em 2013, tiveram início as migrações nos clientes: Ministério das Relações Exteriores, Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Planejamento, Presidência da República e Ministério da Fazenda. De acordo com Francisco Mauro, em 2014 foi migrado o Siscomex e nesse mês foi iniciada a migração do último cliente, a Receita Federal. "Nossa intenção é finalizar as migrações em dezembro, contabilizando 100% dos usuários do SAR, aproximadamente 18.000 usuários", conta.