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Serpro participa da Feira de Segurança Pública no Rio de Janeiro

O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, esteve ontem no Rio de Janeiro, participando da 2ª edição da LAAD Security, Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, que acontece até amanhã, no Riocentro. Intitulada “Cyber ataques e integração de sistemas para a Segurança pública”, a apresentação de Mazoni trazia um breve resumo do que é o Serpro e como ele trabalha a segurança da informação.
Um dos assuntos abordados foi o dos ataques cibernéticos que o Serpro recebe constantemente. “Nunca nenhuma informação sigilosa dos nossos bancos de dados foi acessada durante um ataque. Temos 100% de êxito. Todas as informações divulgadas já eram de domínio público”, garantiu Mazoni. “Investimos cerca de R$ 30 milhões anualmente em segurança, conquistamos excelência nessa área”, afirmou.
Ainda referente aos ataques, Mazoni explicou que o Serpro tem parceria com grupos hackers, convidados a atacar os sistemas desenvolvidos pela empresa, com a finalidade de detectar falhas. “Nenhum sistema desenvolvido por nós é entregue sem passar por inúmeros testes desses. Nós mesmos nos atacamos”, brincou.
Mazoni comentou também que alguns ataques de carga são tradicionalmente aguardados. “Na última semana da entrega da declaração do IRPF, recebemos alguns ataques de carga, com o objetivo de derrubar o sistema e, talvez, conseguir mais prazo. Mas estamos sempre preparados; não vou dizer como, mas estamos”, declarou, lembrando que os padrões de segurança exigidos pela Receita Federal do Brasil (RFB) norteiam todas as demais ferramentas.
Bases criptografadas para garantir a segurança de todos - inclusive a do desenvolvedor
Durante a apresentação, Mazoni explicou ainda como funcionam os ambientes de desenvolvimento, aos quais cerca de dois mil programadores do Serpro têm acesso. “Todas as nossas bases são criptografadas e todos os passos do desenvolvedor ficam registrados. Isto é uma forma de garantir a segurança das informações dos contribuintes e do próprio desenvolvedor, já que, caso aconteça algum problema, todos seriam suspeitos e o log deixaria claro quem é inocente e culpado”, explicou.
O diretor aproveitou a ocasião para anunciar novidades no IRPF 2013, que trará computação em nuvem para facilitar o acesso do contribuinte às suas informações fiscais.
Ministro da Justiça promete transparência
Antes da apresentação de Mazoni, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falou aos presentes sobre um novo sistema que está sendo desenvolvido com o Serpro. “Nós vivemos um pouco às cegas, com relação aos dados de segurança pública. Como, então, enfrentar a criminalidade com dados tão imprecisos?”, questionou. De acordo com Cardozo, não há um padrão de classificação dos crimes, o que dificulta a criação de políticas públicas de segurança.
O sistema projetado será nacional e os Estados terão de utilizá-lo, enviando dados, sob pena de não receberem repasse de verbas destinadas à segurança pública. “Além de termos um retrato fidedigno ao que acontece de criminalidade no país, também queremos transparência nestes dados e no quanto os Estados estão investindo”, afirmou.
De acordo com ele, alguns governadores recebem a verba de segurança e aplicam em outras áreas. “Com um sistema mais transparente, ficará mais fácil identificar esta prática. Queremos que tudo o que é feito neste assunto seja feito sob a luz do sol. Esse é, inclusive, um pedido da presidente da república Dilma Rousseff”, ressaltou o ministro.