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Salvador ganha novo espaço de inclusão digital

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) inaugurou no último dia 25 um telecentro no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. O espaço, voltado prioritariamente para moradores de rua, é fruto de uma parceria com a representação da Cáritas Brasileira no Estado, por meio do Movimento População de Rua (MPR/BA), e é uma das ações do Programa Serpro de Inclusão Digital (PSID).
Segundo Maria Lúcia Pereira, coordenadora regional do MPR/BA - grupo responsável pela gestão do telecentro, o espaço ocupado pelo movimento recebe diariamente um público de cerca de 150 pessoas que, a partir de agora, terão mais oportunidades, com mais acesso ao conhecimento. “Vamos poder fazer nossos horários, as pessoas vão se fortalecer mais ainda e entrar nesse mundo maravilhoso da internet, com responsabilidade e com um futuro bem melhor”, diz a coordenadora.
A
empresa e o parceiro
O
Serpro implantou o PSID em 2003, com ações para ampliar o debate
sobre o tema na organização. Desde então, diversos telecentros
foram instalados em todo o Brasil e também no exterior. Atualmente
são cerca de 530 telecentros no país e em Cuba, São Tomé e
Príncipe, Haiti, Guiné Bissau e Cabo Verde.
O chefe do Departamento de Inclusão Digital do Serpro, Antônio Carlos Miranda, destaca uma peculiaridade dos telecentros inaugurados pela empresa. “Uma das principais características dessa iniciativa é a diversidade. São telecentros que atendem a diversos públicos, a exemplo de comunidades indígenas, quilombolas, cooperativas de trabalhadores, enfim, pessoas que passam a dispor de um espaço voltado para as suas necessidades. É importante que as pessoas conheçam esse trabalho e possam também contribuir", enfatiza.
Já o Movimento População de Rua foi criado em São Paulo, em 2004, e teve seu núcleo de Salvador fundado em 2010. Está sediado em um espaço do Convento de São Francisco e, segundo Maria Lúcia, atua para construir uma rede que facilite o diálogo com os órgãos do poder público, na esfera federal, estadual e municipal.
“Lutamos pela inclusão dessas pessoas nas políticas públicas de habitação, assistência social, saúde, segurança e segurança alimentar, por exemplo. Tudo para que elas sejam vistas como pessoas, com respeito e dignidade”, afirma ela.