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Pela primeira vez os netos são mais sabidos que os avós
A comitiva do presidente Lula foi integrada pelos ministros Dilma Roussef, Sérgio Machado Rezende e Tarso Genro, pelo prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, pelo reitor da PUCRS, Joaquim Clotet e vários parlamentares, com recepção feita pelo coordenador geral do fisl, Marcelo Branco.
Antes de participar de uma plenária com representantes das comunidades do software livre, representantes de empresas e instituições presentes ao fisl, o presidente passou pelo que chamou de "corredor polonês", onde foi aclamado pelo público presente. Conforme afirmou depois, bem-humorado, a recepção dos presentes "valeu mais do que quatro discursos".
Presidente Lula no estande do Serpro
Na plenária, a abertura foi feita por Marcelo Branco, que destacou a nova era das sociedades em rede, na qual o Brasil tem sido um dos países mais ativos, com 65 milhões de internautas que participam, com qualidade, das comunidades e demonstram facilidade de gerir conhecimento na rede. Ele enfatizou que é necessário um marco civil de direitos na internet brasileira, em função dos ataques internacionais que a rede vem sofrendo, inclusive no Brasil, com a proposição da Lei Azeredo.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, apontou a convergência entre os objetivos e políticas de gestão Lula e o movimento do software livre, dentre eles, a crença na liberdade, a construção de relações sociais e políticas solidárias contra o individualismo e "a possibilidade de construir um novo mundo aqui e agora".
Dilma Roussef elencou as principais realizações com a adoção da plataforma aberta no Governo Lula, passando pelas ações do Cisl, uso nas grandes instituições, citando o Serpro, Banco do Brasil e Ministério do Exército, o projeto Demoiselle, que "poderá ser utilizado por qualquer cidadão para desenvolver sistemas", o Proinfo do Ministério da Educação, a banda larga nas escolas, as ações do Gesac, os projetos Computador para Professores e Computador para Todos, os 5,1 mil telecentros comunitários, o Cacic, criado pela SLTI e Dataprev, o Gesan, sistema que cuida das políticas de saneamento pelo Ministério das Cidades, o Curupira, da Caixa, o Amadeus, da Universidade de Pernambuco e os Pontos de Cultura do Ministério da Cultura.
Por fim, a ministra-chefe da Casa Civil destacou que as iniciativas refletem o compromisso com o espírito público e com a generosidade que faz avançar a democracia, a cidadania e a participação social.
Novo tempo
Para o presidente Lula, estamos vivendo um momento revolucionário, no qual a informação não é mais uma coisa seletiva ou privilégio de poucos: as outras mídias ficaram velhas diante da Internet. "Não sabemos onde vai parar. Sabemos que a máquina pública é cheia de vícios que vêm da época do império. O burocrata é quem diz o que pode ou não. Levou tempo para o governo chegar onde chegou.
Lula abordou a potencialidade de reinvenção que o software livre traz consigo. "É proibido proibir neste governo. Precisamos discutir sem abater o outro, para fortalecer a democracia. O país está se encontrando consigo mesmo. Nossa autoestima está em alta. Já percebemos que ninguém é melhor do que nós. A lei quer fazer censura, o que precisamos é responsabilizar quem trabalha com o meio digital, com a internet, não proibir. Temos mais um ano e meio de mandato para detectar o que precisa ser aperfeiçoado e o que ainda precisa ser feito. Ajudem-nos a colocar o país dentro da inclusão digital, ajudem-nos a construir este mundo. Juntando o que cada um de nós sabe, seremos maiores", finalizou Lula.
Acesse a íntegra do discurso do presidente Lula.
Comunicação Social do Serpro - Porto Alegre, 29 de junho de 2009