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OIT e Serpro lançam curso Gênero, Raça, Pobreza e Emprego

Foi lançado hoje, 20, o curso a distância Gênero, Raça, Pobreza e Emprego (GRPE), uma ação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o Serpro. O GRPE conta com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). O evento ocorreu no auditório do edifício sede do Serpro e foi transmitido por videoconferência para todas as regionais e escritórios, além de ser veiculado pelo Assiste – Vídeo Streaming Livre da empresa.
O curso é uma ação do programa de fortalecimento institucional da OIT, que visa promover a transversalização das dimensões de gênero e raça nas políticas públicas de erradicação da pobreza e geração de emprego. Também tem como objetivo servir de apoio a estratégias e ações das organizações de empregadores e trabalhadores, além de outras entidades comprometidas com o tema.
Segundo Lais Abramo, diretora do escritório da OIT no Brasil, essa é a primeira experiência de adaptação dos conteúdos do GRPE para o ensino a distância em português. “Nossa preocupação sempre foi aumentar a escala do programa e sua institucionalização, além de aproveitá-lo para que atingisse um número maior de pessoas. Juntamos a expertise do Serpro e seu interesse em capacitações no tema, com o interesse da OIT no Brasil de adaptar seus conteúdos para disseminá-los mais amplamente”.
Gestores conscientes para superar “desigualdades invisíveis”
“A aplicação das políticas jamais será bem sucedida se não tivermos
gestores, servidores e trabalhadores efetivamente convencidos de que sua ação deve ter uma perspectiva consciente de superação da
desigualdade. Caso contrário, corre-se o risco de manter a discriminação, pois dentro do parâmetro de que 'somos todos iguais', se
instalam desigualdades e se repetem desigualdades invisíveis”, disse Tatau Godinho, subsecretária de Planejamento e Gestão Interna da SPM. Tatau enfatizou que a capacitação em âmbito institucional das políticas relacionadas a gênero e raça é um desafio permanente para a secretaria.
O diretor de administração do Serpro, Antônio João Parera, interpretou o significado desse trabalho. “Demonstra que esta empresa não só é capaz de desenvolver soluções tecnológicas de ponta, que aproximam cada vez mais o Estado do cidadão, mas também é capaz de colocar o seu conhecimento a serviço da política de inclusão social, digital e das políticas de igualdade”.
Já Mário Lisboa Theodoro, secretário-executivo da Seppir, colocou em pauta a discussão do racismo. “Fundamentalmente, dois lugares reproduzem o racismo: a escola e o trabalho. Iniciativas como essa colocam em debate um conjunto de problemáticas em relação à entrada ou à ascensão da população negra no mercado de trabalho", ressaltou.
Turma-piloto
Com 40 horas/aula, a turma-piloto do curso GRPE tem o objetivo de testar a proposta e recolher eventuais sugestões para operacionalização da plataforma, tutoria e avaliação. Participam representações da SPM, Seppir, Serpro e OIT. A partir da conclusão dessa etapa, o curso fica disponível na Universidade do Serpro. Posteriormente serão criadas turmas para outros órgãos governamentais.