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MRE do Uruguai adota software livre

"O que nos incentivou a tomar a decisão de aderir ao sistema de software livre se resume em três conceitos fundamentais: soberania, soberania e soberania", afirmou o ministro Luis Almagro, ao assinar resolução que formaliza o processo de adesão gradual para sistemas baseados em códigos abertos, ocorrida no final de abril.
"O software livre nos permite a geração e acesso futuro à informação”, explicou Almagro. De acordo com o ministro, a iniciativa preserva a soberania nacional por armazenar e publicar informações de um organismo em formatos abertos. Além disso, ele ressaltou que o uso de software livre respeita e promove o acesso à informação pública por parte do público, sem depender de ferramentas proprietárias para exercer esse direito.
De acordo com o ministro, a iniciativa também contribui para “incentivar a indústria nacional, racionalizar recursos e melhorar a plataforma de informática”. Ele citou que os maiores centros de dados do mundo, como Nasa, Google e a Casa Branca, optaram pelo software livre, com o objetivo de obter melhor desempenho, segurança e a completa compreensão das características do software utilizado.
Parceria com outros órgãos
Para viabilizar soluções de desenvolvimento, instalação, modificação e aplicações em software livre o ministro Luis Almagro assinou, em maio, um acordo de cooperação com a Antel, a empresa estatal de telecomunicações do Uruguai. Com a assinatura do acordo, são esperadas ações de cooperação entre a empresa e o Ministério das Relações Exteriores. A ideia é que as duas instituições realizem o intercâmbio de conhecimentos sobre ferramentas, melhorem as existentes e desenvolvam novas soluções de software.
Almagro se referiu ao papel do software livre em cooperação bilateral com outros países, especialmente com os recentes acordos assinados com a Venezuela, bem como a relação entre a Costa Rica e o Brasil, este citado como “um pioneiro no campo.” Em seu comunicado à imprensa, o ministério uruguaio informou que está em tratativas de cooperação com a Unesco, a fim de assimilar experiências regionais e internacionais, minimizar a curva de aprendizagem e dar os passos necessários para criar um plano de migração, treinamento e gestão no processo de implantação do software livre.