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Latinoware discute interface gráfica
Por que projetos precisam de designers? Esse foi o título da palestra de Depizzol, neste dia 20, na Latinoware 2011. A resposta foi simples: não precisam. "A maior parte dos softwares não apresenta nenhum tipo de preocupação com essa questão", analisou. Porém, o profissional destaca que "se o foco do seu software são as pessoas, os usuários, então você precisa de designers e deve envolvê-los no projeto desde o início".
"O usuário não quer uma interface computacional. Ele quer apenas realizar suas tarefas", defendeu Depizzol. Por isso, o visual de uma aplicação é determinante na forma com que o usuário se relaciona com ela. Vinicius explica que esse design não se restringe ao desenho de um ícone ou de um botão do software, mas o visual precisa ser pensado em todas as funcionalidades.
Gnome
"O Gnome dá ênfase à simplicidade, usabilidade e a fazer as coisas simplesmente funcionarem", explicou Depizzol. Com essa premissa, o Gnome - acrônimo para GNU Network Object Model Environment - tem o design como uma prioridade do projeto. Tanto para o Ambiente de Trabalho quanto para a Plataforma de Desenvolvimento, os dois nichos do Gnome.
Assim como os desenvolvedores trabalham de forma cooperada e colaborativa, os desingners também. "É claro que é muito mais complicado trabalhar no layout de uma interface em grupo do que no desenvolvimento de um código, afinal o design não é baseado apenas em simples lógica como a programação", pontua.
Jargão
Vinicius alertou ao público que designers não precisam se comportar como programadores. Para ele, a expertise da programação não pode se tornar um entrave para a participação e colaboração de profissionais ligados às artes gráficas em projetos de software.
Para exemplificar as consequências dessa atitude equivocada, ele contou a história de uma colega que em certa ocasião decidiu ajudar um software livre, administrado por comunidade, enviando uma proposta de melhoria para alguns ícones. A resposta que ela recebeu foi a seguinte: "precisa encapsular os componentes e mais outra meia dúzia de orientações que ela não compreendia", recordou o colaborador do Gnome, que defende que esse tipo de atitude distancia os profissionais dos projetos.
Comunicação Social do Serpro - Foz do Iguaçu, 21 de outubro de 2011