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Inclusão Digital: transformando vidas
Conheça a história de Jorge Luiz e Rosinaldo Pinheiro.
Jorge Luiz, empregado do Serpro, fala sobre a transformação que um programa de inclusão digital fez em sua vida. Nascido e criado em uma das comunidades mais violentas do subúrbio do Rio de Janeiro, Jorge teve diversas oportunidades de entrar para o submundo do crime. Ele conta que sua primeira experiência com o computador aconteceu no mesmo dia que alguns amigos o convidaram para um assalto. A dificuldade financeira era extrema e ele confessa ter cogitado a possibilidade, porém desistiu e aceitou o convite de participar de um curso comunitário de informática gratuito.
"O primeiro contato com o computador foi um momento mágico. Aquela experiência me fez sentir mais capaz, me fez compreender a necessidade de voltar a estudar", relembra Jorge. Naquele mesmo ano, retomou os estudos, concluiu o ensino fundamental e seguiu para o ensino médio. Com o tempo, vieram as oportunidades de estágio que ativaram sua vida profissional. Depois de alguns anos, como técnico de computação e professor particular, Jorge prestou concurso para o Serpro, alcançando a aprovação em 10º lugar para o cargo de técnico de operação de rede.
Participante da equipe de Inclusão Digital do Serpro, na Regional Rio de Janeiro, Jorge acredita que ações que minimizem o abismo tecnológico em que a sociedade brasileira se encontra podem tirar jovens e crianças da violência. "Eu poderia ser apenas mais uma estatística da violência do Rio de Janeiro, mas graças a um programa sério de Inclusão Digital, hoje estudo em uma faculdade de tecnologia, sou um grande profissional e um bom pai de família", comemora.
Rosinaldo Pinheiro era mais um jovem da periferia de Belém, com grande potencial e sem nenhuma oportunidade. Interessado por quadrinhos, desenho e diversas formas de arte, se ocupava desde cedo com a construção de seus personagens. Mas sempre faltou um local onde pudesse apresentar seu talento e criatividade. Em 2002, essa situação começou a mudar.
Rosinaldo conhecera o Espaço Serpro Cidadão, localizado na Regional Belém. "Me lembro que um amigo contou sobre um local no qual era possível acessar a internet sem pagar nada. Por um momento, nem acreditei que fosse verdade. Fui conhecer o Espaço, que era distante três quarteirões de minha casa, uma boa caminhada", conta Rosinaldo, que fez o longo trajeto por um bom tempo, devido a falta de recursos para pagar um transporte. "Independente de sol ou chuva, todos os dias estava lá, porque além de ser muito curioso, eu estava determinado a aprender", completa.
Durante o período em que frequentou o Espaço Cidadão, Rosinaldo aprendeu a trabalhar com ferramentas livres e construiu o blog A Turma do Açaí para publicar seu trabalho, "como não tinha computador naquela época, eu fazia tudo no espaço: desenhava os personagens em papel, um amigo escaneava e, no Serpro, eu pintava e editava os desenhos utilizando o Gimp. A família do Serpro me ajudou muito. Todos apoiaram e incentivaram o meu trabalho", lembra Rosinaldo.
"As ações de inclusão digital do Serpro mudaram a minha vida. Talvez eu não tivesse outra oportunidade de trabalhar com artes gráficas se não tivesse conhecido o Espaço Serpro Cidadão ou mesmo este mundo da tecnologia. Eu aprendi muitas coisas e ainda quero aprender muito mais."
Dia da Inclusão Digital
Com o objetivo de mobilizar a ampliação do acesso à informática das camadas menos favorecidas da sociedade, o Comitê para Democratização da Informática - CDI lançou, em 2001, o Dia da Inclusão Digital, que é comemorado todos os anos no último sábado do mês de março.
A luta pelo fim do apartheid digital é uma responsabilidade dos programas de governo, mas também de toda sociedade. O Programa Serpro de Inclusão Digital - PSID promove a inclusão social a partir de ações de inclusão digital. A estratégia adotada pelo Serpro para viabilizar o uso e a apropriação das novas tecnologias pela sociedade baseia-se no atendimento das necessidades das comunidades, na formulação de políticas públicas, no compartilhamento de conhecimentos, na elaboração de conteúdos e no fortalecimento das redes comunitárias.
A principal ação do Serpro é a implantação e manutenção de telecentros - espaços comunitários com estações de trabalho configuradas com sistema operacional livre, conectadas em rede e com acesso à rede mundial de computadores. Hoje, a empresa já atingiu a marca de 300 telecentros espalhados por todo o país.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 27 de março de 2009