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Inclusão digital e software livre nos alto-falantes
Na segunda-feira, 10, durante a participação do Serpro em um debate radiofônico no Festival, caixas de som espalhadas pelo evento propagaram a proposta da inclusão digital e do software livre. “Nos telecentros instalados pelo Programa Serpro de Inclusão Digital (PSID), defendemos a inclusão por meio da plataforma aberta, pois é isso que permitirá que a comunidade tenha acesso a conhecimentos tecnológicos, a programas e a aplicativos de qualidade sem necessidade de pagar por licenças de uso. É tudo livre e gratuito”, defendeu o coordenador estratégico substituto do PSID, Antônio Carlos Miranda.
Liberdade
Instigado pelo o que ouvia, Darlildo Lima, estudante do curso técnico em Informática em Maracanaú, aproveitou para deixar o seu recado nos microfones: “estava por perto e resolvi saber mais sobre os telecentros e falar sobre a minha experiência com o software livre”, explicou o rapaz de 21 anos. “Ficava perdido quando comecei a estudar o Linux, mas o que antes era estranhamento virou paixão. O software livre proporcionou algo único para mim, que é o contato com a liberdade. Por isso hoje tento retribuir e divulgo essa ideia para as pessoas”, acrescentou.
Além de Darlildo, outros jovens aproximaram-se para interagir no debate e também para buscar um live DVD da “Estação Serpro”, uma distribuição do Ubuntu que, customizada pela empresa, permite ao usuário utilizar esse sistema operacional sem necessidade de instalá-lo na máquina. “Assim que voltar para casa, vou colocar o DVD no meu computador e experimentar todas as configurações e interfaces. Estou, inclusive, levando algumas cópias para distribuir entre os meus colegas”, comentou o estudante de 19 anos Vanderlei Nascimento, do município cearense de São Benedito.
De olho na acessibilidade
Durante o diálogo na rádio poste, os jovens conheceram, ainda, o software livre Liane TTS, um sintetizador de voz para leitura de tela. Segundo a representante regional do PSID, Lilian Costa, “esse programa representa mais uma conquista para os deficientes visuais. E ele está disponível nos telecentros do Serpro e para download no nosso portal" . E a universitária de João Pessoa Aline Silva aprovou: “tudo que tem a ver com acessibilidade e tecnologia me interessa, ainda mais porque tenho uma irmã com deficiência motora e um irmão que estuda Sistemas da Informação. Sem contar que também estou empenhada em conhecer mais sobre softwares livres. Esse debate foi muito útil”, disse Aline.
Sem fronteiras
O bate-papo sobre inclusão digital e software livre promovido pelo Serpro no Festival ainda foi um espaço para troca de experiências em prol de parcerias para o futuro. “Apenas 7% da população de meu país tem acesso à internet: estamos num esforço para levar computadores para as crianças das escolas públicas”, relatou a jovem representante do Vice-ministério da Juventude do Paraguai Monica Gaona. “O Serpro pode ajudar outros países, a exemplo dos telecentros que já foram instalados em locais como Haiti, Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe”, acrescentou Antônio Carlos Miranda.
Inspirado pelo diálogo, João de Almeida, coordenador da rádio comunitária Dendê Sol, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, completou: “as ideias da equipe do Serpro e as dificuldades relatadas pela colega do Paraguai me fizeram refletir. Já temos um telecentro em nossa comunidade, mas volto desse encontro com mais energia para, ao lado dos moradores e de possíveis novos apoios, buscar maneiras de aproveitar melhor aquele espaço”, concluiu.
Comunicação Social do Serpro - Fortaleza, 13/10/2011