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Governo federal já recebe pressão da indústria brasileira

No segundo dia da Rio+20, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou documento com avanços ecológicos na produção. Mas, no encontro, a instituição buscou pressionar o governo a reduzir impostos como condição para a ampliação de ações sustentáveis. O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, foi um dos convidados do evento.
No encontro das indústrias para a sustentabilidade, realizado nesta quinta-feira, 14, o setor usou a apresentação de avanços na preservação de recursos naturais para registrar a preocupação com as conclusões da Rio+20. O Governo respondeu que o ser humano deve estar no centro das preocupações do desenvolvimento sustentável.
Não há dúvidas, para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), de que os países que investem menos em sustentabilidade são os mais produtivos. As queixas se voltam contra a legislação rígida no país que "fecha fábricas" e também contra um possível endurecimento de regras para o setor produtivo apenas nos países emergentes, o que afetaria a competitividade nacional. O presidente da CNI, Robson Andrade, chegou a afirmar que “hoje, quem polui é a população” e cobrou do Estado mais investimentos públicos em saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura.
"Ser humano é o foco do desenvolvimento sustentável"
O ministro das relações exteriores, Antônio Patriota, deu o tom da postura do governo federal para os debates da Rio+20: "o ser humano está no centro das preocupações do desenvolvimento sustentável. Não vamos retroceder". No entanto, também foi incisivo ao declarar que “trabalhamos numa agenda positiva que não crie empecilhos aos países menos favorecidos".
Já Izabella Teixeira, ministra do meio ambiente, declarou que “é tempo de convergência e não de dissidências. Saímos do idealismo para o pragmatismo”. Ela defende maior aproximação entre a indústria e ambientalistas, em prol do desenvolvimento sustentável.
De acordo com a ministra, que lembrou a importância do papel cada vez maior das mulheres nas decisões políticas, a conferência é uma oportunidade de ação conjunta. "Não dá para excluir o mundo econômico, financeiro e a tecnologia. Também não dá para deixar de incluir as pessoas e reduzir as desigualdades", afirmou.
Tecnologia para a sustentabilidade
O Serpro é fornecedor oficial da Rio+20 e prestou consultoria para toda a infraestrutura de TIC. Desenvolveu o sítio da conferência e monitora os ambientes computacionais que sustentam tecnologicamente o evento.