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Governo conta com pesquisa e integração para combater ataques cibernéticos
A constante monitoração de informações coletadas em diversas esferas da sociedade e a integração entre os órgãos de defesa do Governo Federal foram pontos em comum apresentados pelos participantes do debate intitulado "Estratégias de governo para prevenção e combate a ataques cibernéticos", que marcou a abertura do primeiro dia da VIII Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos (ICCyber), realizada de 5 a 7 de outubro, em Florianópolis.
O debate ocorreu em duas etapas. Num primeiro momento cada representante explanou as atividades que cada órgão vem realizando, em caráter interno e externo, para garantir a integridade das informações de governo. Em seguida foram respondidas questões levantadas pelo público presente.
Monitoração estratégica
Um dos pontos citados de forma unânime pelos debatedores foi a necessidade de um constante trabalho no sentido de colher todo o tipo de informação para antever ataques a informações sigilosas e sabotagens em redes de informação e comunicação. Ulysses Machado, coordenador geral de Informação do Serpro, explica que "o governo hoje está atuando no sentido de exercer um controle sobre ataques antes que eles aconteçam". Uma estrutura adequada, mapeamento dos riscos e um plano de continuidade são essenciais para uma monitoração estratégica adequada.
As redes sociais têm sido importantes fonte de informações, uma vez que possibilitam estudo de grupos e indivíduos em níveis sociais, psicológicos, antropológicos e econômicos. "Nossa equipe tem participado também de grupos de discussão e grupos temáticos para se manter proativa frente às tendências da sociedade e das novidades tecnológicas disponíveis a todos", esclarece Machado.
Cooperação entre as instituições
A mesma rede que fornece informações também apresenta um do principais problemas enfrentados pelos órgãos de segurança governamental. "Os criminosos (da Internet) podem estar em qualquer lugar do mundo e contam com contínua evolução técnica", explica o delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral. Para minimizar este problema, além de manter uma constante evolução técnica do pessoal operacional, os órgãos de defesa de informações brasileiros contam com a troca de informações entre si. Segundo Machado, a Coordenação de Gestão de Segurança da Informação do Serpro vem mantendo avançado diálogo e troca de experiências com os órgãos afins da Polícia Federal, Exército e Presidência da República.
Grandes Eventos
A segurança dos chamados grandes eventos (Rio +20, Copa do Mundo e Olimpíadas) que o Brasil vai sediar nos próximos anos está em destaque. Grandes eventos atraem a atenção mundial e podem se converter em alvo de ataques. "Temos de garantir a segurança não só dos sistemas do governo, como os privados. Imaginem um ataque ao sistema de cobrança on line ou no fornecimento de água durante um evento. Se converteria eu um sério problema", afirma Sobral.
Criada há 45 dias, a Coordenação de Gestão de Segurança da Informação do Serpro já desempenha ações de segurança para os grandes eventos.
Comunicação Social do Serpro - Florianópolis, 6 de outubro de 2011