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Fisl 15 se encerra com mais de 6 mil participantes
Terminou neste sábado, 10, o 15º Fórum Internacional Software Livre, realizado em Porto Alegre. A organização contabilizou 6.017 pessoas presentes em mais de 500 horas de atividades cujo destaque foi a questão de como assegurar privacidade na internet. A recente aprovação do Marco Civil da Internet rendeu muitos debates específicos. Para grande parte dos palestrantes, o ponto positivo do Marco Civil foi garantir ao Brasil uma regulação que se destaca, positivamente, da de outros países.
“Enquanto a maioria dos países está aprovando leis que criminalizam a prática cotidiana das pessoas na rede, leis que inclusive querem aumentar o controle e o bloqueio da internet, o Brasil foi em uma outra direção. Aprovou uma lei para garantir a liberdade de uso e a liberdade de expressão e de criação. O coração dessa lei é a defesa da neutralidade da rede”, destacou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e defensor do Marco Civil na Internet.
Para o ativista Marcelo Branco, a vulnerabilidade do Marco Civil está em seu artigo 15. “Ele obriga a guarda de conteúdo pelas corporações. Dependendo da regulamentação, pode ser contraditório com a luta da defesa da privacidade dos usuários da rede. Possibilitaria uma vigilância em massa dos brasileiros. Estamos mobilizados para neutralizar os efeitos nocivos desse artigo”, afirmou Branco.
Cerca de 400 pessoas participaram, no estande do Serpro, de 13 minipalestras promovidas pelo Comitê Regional de Software Livre do Serpro em Porto Alegre. Com apresentadores do Serpro e convidados, a programação do estande abarcou desde temas como robótica livre e a experiência do autor dos quadrinhos eletrônicos “Vida de programador” até assuntos específicos do Expresso V3 como sua escalabilidade e integração.