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Expresso V3 terá 1 milhão de usuários
A crescente preocupação com segurança de dados e comunicação eletrônica foi um dos principais motivos para que o governo federal anunciasse um serviço de e-mail nacional seguro, o que foi concretizado com a publicação do decreto presidencial 8135/13, tendo sido apontado o Expresso V3 como sendo a solução nacional para atender essa demanda do governo.
Quem abordou esse tema durante o 15º Fórum Internacional de Software Livre (FISL), que acontece em Porto Alegre até amanhã, 10, foram os analistas Flávio Lisboa e Paulo Henrique dos Santos, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), um dos patrocinadores do evento. “O Expresso V3 é uma solução de comunicação e colaboração cujo código é de domínio do Serpro, que o conhece, entende, audita e ainda armazena em nosso próprio país. Trata-se de um e-mail seguro no qual a preocupação com segurança é vista de forma holística, se olha desde a cultura das pessoas até mesmo o meio físico onde se armazenam esses dados”, ressaltou Paulo Henrique.
Preparado para crescer
Além
da preocupação com segurança, a equipe de desenvolvimento do
Expresso V3 também se desdobra sobre outro aspecto: a
escalabilidade. Essa é uma característica desejável em todo o
sistema, rede ou processo, já que indica sua habilidade de manipular
uma porção crescente de trabalho de forma uniforme, ou estar
preparado para crescer, suportando um aumento de carga sem prejudicar
sua performance.
Sobre esse aspecto, Flávio Lisboa explicou que esse desafio de ampliar um sistema de 30 mil usuários para mais de um milhão, que é a projeção de usuários do governo federal, vem sendo tratada de forma compartilhada, tanto entre analistas do Serpro que integram a equipe de desenvolvimento do Expresso V3 quanto universidades e até mesmo a comunidade Tine, em que se baseia a aplicação. “A atual arquitetura do Expresso V3 permite que seja acoplada múltiplas funcionalidades, seja através de configuração de multidomínios, sharding de banco de dados ou segmentação de serviços”, explicou.
Para Paulo Henrique, atender a demanda do governo para disponibilização de um ambiente de colaboração eletrônica segura, de grande escala e auditável é uma necessidade que mesmo antes do Decreto 8135/13 já estava presente na empresa. Ainda assim, ele vislumbra um longo caminho a percorrer. “Trata-se de um grande desafio e devemos avançar nossas discussões sobre segurança, ampliando o diálogo com a sociedade, as comunidades e as universidades”, destacou.
A palestra Segurança e escalabilidade no Expresso V3 foi transmitida ao vivo ontem, 8, e a gravação pode ser acessada no repositório do FISL.