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Expresso para São Tomé e Príncipe
Desde 15 de outubro, os são-tomenses Naylton Cunha e Rodeney Fernandes participam de uma espécie de imersão nos mais variados aspectos do Expresso. "Definimos as atividades a partir de uma lista de interesses que eles mesmos nos passaram. A ideia é que eles conquistem a maior autonomia possível, para que enfrentem o desafio de implantar o Expresso e oferecer suporte adequado quando voltarem ao seu país", esclarece João Trindade, da Equipe de Coordenação do Expresso.
Cunha e Fernandes ficarão em Porto Alegre até 23 de novembro. De volta a São Tomé, têm como objetivo disponibilizar o Expresso inicialmente para 500 usuários, chegando, gradativamente, a todos os 1500 servidores da administração pública do país. Hoje, cada funcionário usa um provedor de e-mail a sua escolha, e os técnicos são-tomenses destacam a necessidade de a administração ter um serviço de comunicação única, para maior integração, redução do uso de papel e, principalmente, segurança de dados.
Para fazer frente à tarefa de implantar o Expresso, a missão são-tomense solicitou orientação em tópicos como: configuração de assinatura digital, perfis de acesso, mensageria instantânea, armazenamento, backup e restore da caixa postal. A partir dessa demanda, a equipe do Expresso preparou a grade de atividades. Na primeira semana os são-tomenses receberam treinamento básico de administração Linux e SGBD. Infraestrutura, instalação, administração e suporte foram abordados até a última segunda-feira, dia 7. Dessa data até o fim da cooperação, a dupla acompanha de perto o trabalho realizado pela equipe Expresso.
Compromisso com o serviço
"Umas das coisas que nos chamou atenção ao ver a equipe trabalhando aqui é a atenção que todos têm com o Expresso, indo além do expediente para garantir que o serviço esteja sempre no ar", comenta Naylton Cunha. "Acompanhar a migração do Expresso para a nuvem também tem sido uma experiência interessante ", completa.
"Em termos de formação direta para nós, todo o conjunto de conhecimentos tem se mostrado proveitoso. Podemos citar como exemplo o manuseio mais aprofundado de banco de dados, LDAP, criação de scripts, Postgree, além do manuseio das ferramentas em geral", detalha Rodeney Fernandes.
Para incrementar a inovação tecnológica, o governo de São Tomé e Príncipe criou o Instituto de Inovação e Conhecimento, o INIC, em 2008. Desde antes dessa data, o Brasil mantém relações de cooperação com o país, com forte presença do Serpro. Cunha e Fernandes também participaram do último Consegi, Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico, realizado em Brasília, em maio deste ano. Destacam que o evento proporcionou "uma visão mais abrangente de governo eletrônico e aprofundamento em temas diversos de TI".
População para dois Maracanãs
São Tomé e Príncipe é um estado composto pelas duas ilhas que lhe dão nome e várias outras ilhotas, localizado a cerca de 300 km da costa da Africa (à esquerda do continente, olhando um mapa convencional). Os países mais próximos, como Nigéria e Camarões, estão em terra firme. São Tomé não faz fronteira em terra com nenhuma nação.
A população são-tomense caberia em dois Maracanãs: são cerca de 170 mil habitantes. Não há nível estadual, apenas o Estado nacional e subdivisões, em distritos. Perguntados sobre os contrastes mais marcantes entre seu país e o Brasil, Fernandes e Cunha disseram que "há muita coisa bem diferente, principalmente em relação a Porto Alegre: a cidade é mais calma, menos gente na rua. E as pessoas são menos formais, simples, no bom sentido. O clima, então, é bem diferente...", enfatizaram os habitantes de São Tomé e Príncipe, onde impera o clima equatorial úmido.
Comunicação Social do Serpro - Porto Alegre, 11 de novembro de 2011