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Em busca de softwares mais eficientes
A voz grave de John "Maddog" Hall ressoou pelo auditório do Parque Tecnológico de Itaipu na tarde de hoje, 15 de outubro, e trazia um pedido de mudança. "Rapaz com quem eu falei esta semana me contou de um novo supercomputador que está sendo construído e que consumirá um bilhão de watts/hora de eletricidade", disse. "Isso equivale a 1/40 da energia gerada por Itaipu hoje em dia. Temos de tornar nossos computadores e nossos softwares mais eficientes energeticamente", completou o americano, uma das maiores autoridades mundiais em software livre.
E, com efeito, a grade da décima primeira edição da Latinoware, que começou hoje, no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), inclui palestras e oficinas destinadas a esta causa ambiental. Já na mesa de abertura, estavam representantes de órgãos da Administração Pública e do movimento de software livre, principal público do evento de alcance continental.
Expertise do Serpro
Um dos palestrantes do evento, o coordenador de comunicação do Serpro e membro do Comitê de Implementação de Software Livre do governo federal, Deivi Kuhn, lembrou um pouco dos percalços que marcaram o caminho desta alternativa de programa de computador ao ser implantado no governo: a desconfiança e até mesmo a realização de campanhas contra imperavam. "Todas as iniciativas contrárias ao software livre, no entanto, com o tempo foram sumindo", lembrou.
O assessor especial da diretoria do Serpro, Corinto Meffe, afirmou que software livre e soberania fazem um casamento perfeito. Ele fez menção aos casos de espionagem eletrônica perpetrados por governos estrangeiros e revelados pelo americano Edward Snowden. Segundo Corinto, o Serpro trabalha para reverter esta situação ao oferecer uma suíte de comunicação mais segura, auditável e desenvolvida localmente, como é o caso do correio Expresso.