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Educação e inclusão contribuem para o desenvolvimento do país
Citado em metade dos discursos da presidente Dilma nos primeiros 100 dias de governo, o "combate à miséria" é, também, reforçado pelo slogan "País rico é país sem pobreza".
O assunto é abordado pela trilha temática "Desenvolvimento Social, Educação e Inclusão Digital", que integra a grade de palestras do IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2011), que acontece de 11 a 13 de maio em Brasília.
O pesquisador e professor do Departamento de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), Marcelo Knörich Zuffo, participa do debate sobre combate à miséria, na manhã do dia 13 de maio. Na ocasião, defenderá a priorização de investimentos em infraestrutura e a adoção intensiva da informática na educação brasileira.
"O Brasil é um país assimétrico na sua distribuição socioeconômica. Em menos de dez anos, iniciamos a retomada do crescimento econômico e uma melhor distribuição de renda. Porém, é claro que temos ainda problemas enormes e estruturais na área de infraestrutura. Especificamente, refiro-me a questão da infraestrutura de computação e comunicação. Cada centavo investido pelo governo federal e pelos governos estaduais é importante no incremento desse acesso. Apesar de todos os esforços realizados pelo Brasil, não estamos conseguindo alcançar os padrões de acesso à internet de outros países. Cito um exemplo, o Brasil é a 8ª economia mundial, mas estamos na posição 56 no último ranking do World Economic Forum (www.weforum.org/issues/global-information-technology)", ressalta Marcelo Zuffo.
Em sua opinião, a correlação entre educação e progresso social está mais que comprovada sob qualquer ponto de vista. "A mobilidade social ascendente está totalmente correlacionada com os patamares de educação atingidos por um país. Talvez a última fronteira para a consolidação da democracia no Brasil seja a qualificação da educação num país jovem, com mais de 55 milhões de brasileiros nos bancos escolares".
Marcelo cita, como exemplo de criação de oportunidades pela erradicação da pobreza, o projeto social UCA, que tem conquistado espaços e parceiros. "O Projeto Um Computador por Aluno é um projeto educacional que utiliza tecnologia para promover a inclusão digital. Começamos pequeno, se comparado com outros países como Uruguai, Ruanda e Portugal. Mas acredito que o caminho é este: educar e incluir para alavancar o desenvolvimento e reduzir as desigualdades sociais", diz.
Questionado sobre qual a importância que a TI agrega aos processos de desenvolvimento social, educação e inclusão digital, o professor responde: "A TI é uma janela para o mundo e oferece acesso à informação sem discriminação de etnia, classe social, gênero e idade. Na verdade, é uma grande mudança de paradigma quando comparamos com a educação tradicional, que é hierarquizada. A introdução intensiva da TI cria espaços para processos disruptivos de inovação na educação".
O congresso
Acesse www.consegi.gov.br, conheça a grade preliminar das palestras e oficinas e fique por dentro de tudo que envolve o Consegi 2011.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 14 de abril de 2011