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Workshop sobre Demoiselle envolve comunidade em Recife

Apresentar oficialmente o Demoiselle à comunidade e aos desenvolvedores e gestores de TI de Pernambuco foi um dos principais objetivos do evento realizado em Recife na última terça-feira, 15. O público que lotou o auditório da Regional do Serpro também pôde conhecer melhor a arquitetura e funcionamento do ambiente do framework, abrindo diálogo com quem já o utiliza, como o Serpro, a Agência Estadual de Tecnologia da Informação de Pernambuco (ATI) e a BankSystem.
Na plateia, professores e alunos de TI das diversas unidades acadêmicas do Estado, além de profissionais de instituições públicas e privadas interessados na evolução da ferramenta. No dizer de Joaquim Costa, presidente da ATI, “merece destaque a iniciativa do Serpro de desenvolver e disponibilizar livremente o framework Demoiselle, que proporcionou ganhos em termos de padronização de sistemas para o setor público, tanto em produtividade quanto em qualidade”, explicou Costa, lembrando de que a ATI é parceira e integra a comunidade já há algum tempo.
Já Marcos Mazoni fez questão de frisar que cada pessoa tem um papel ativo na sociedade: “Não somos meros espectadores, somos protagonistas da história. Ela deve ser construída em equipe e o projeto Demoiselle, desde o início, tem essa característica de ser uma ferramenta robusta, mas construída coletivamente, compartilhada”.
O framework Demoiselle foi criado em 2008 e já está em sua segunda versão. Utilizada como o framework padrão do Serpro, tem sido adotado sistematicamente por instituições públicas e privadas. "A ATI padronizou o Demoiselle como framework de desenvolvimento de sistemas para o governo de Pernambuco e temos obtidos resultados de excelente nível de qualidade e aceitação dos usuários. Já foram demandados cerca de 10 mil pontos de função e para os próximos meses estimamos uma demanda de 21 mil pontos de função. Ou seja, é uma demanda crescente”, afirmou Costa.
Mazoni citou como exemplo de qualidade e robustez os sistemas do Novo Siafi e do Porto sem Papel. “O Novo Siafi foi construído em quatro polos geograficamente diferentes, sobre uma plataforma Adabas e com o grande desafio de garantir, com qualidade, a quantidade de acessos simultâneos sem risco de queda com o jboss. Implementamos esse sistema com o Demoiselle, está no ar desde janeiro e até o momento não tivemos nenhum registro de falha”, destacou.
O evento trouxe ainda empresas da iniciativa privada que adotaram a ferramenta, como a BankSystem Software Builder, que está no mercado desde 2005 e tem foco na criação de soluções corporativas para ambiente web. Ricardo Danyagil, diretor-executivo da empresa, ressaltou que o Demoiselle está em uso na companhia desde 2010. “Usamos o Demoiselle como projeto piloto e, dada a tranquilidade no desenvolvimento, fomos ampliando a adoção da ferramenta. Em 2011, foram doze sistemas e, agora em 2012, já são vinte. Desenvolvemos sistemas para a Secretaria de Saúde, como o Mãe Coruja, que acompanha as gestantes até o parto, além de outros para o Itep, ATI, SERES... E estamos muito satisfeitos com a solução”, relatou Danyagil.
Origem
O Demoiselle tem sua origem na necessidade de uma ferramenta capaz de garantir interoperabilidade entre os diversos sistemas do Governo Federal. “Acredito muito na reutilização de artefatos e objetos, capaz de trazer ganhos de produtividade. Então construímos essa ferramenta mais focada na geração automática de códigos e que seja padrão para o desenvolvimento de sistemas. Assim, não é necessário escrever um código para cada aplicação que desenvolvemos aqui no Serpro”, explicou Mazoni.
Na conclusão do evento, o diretor-presidente assinou o termo de cooperação entre a Comunidade Demoiselle e a empresa BankSystem, que passa, oficialmente, a ser a mais nova colaboradora da comunidade.