General
Câmara discute SL e desafios tecnológicos do país
"Devemos promover a discussão da importância de licenças, porque software livre preconiza o não pagamento de royalties, mas valoriza a autoria", declarou Mazoni, durante o Seminário "Software Livre e os desafios do Legislativo para a Internet e as Tecnologias da Informação", realizado na Câmara dos Deputados, hoje, 11 de dezembro.
O deputado Walter Pinheiro, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática - CCTCI, responsável pela promoção do evento, afirmou que o maior desafio do Legislativo é auxiliar no processo de mudança cultural, quebra de paradigmas e barreiras que o software livre desperta. O presidente da CCTCI analisa que a evolução tecnológica depende diretamente da cultura colaborativa. "Só é possível avançar com a troca do conhecimento, quando permitimos a interação de outras pessoas em torno da solução", afirmou.
O diretor-presidente do Serpro tem visão semelhante. Ele defendeu que o ato de compartilhar o conhecimento alavanca a produtividade e citou o exemplo do processo de identificação do genoma humano que só foi possível devido a construção de uma rede de cooperação entre cientistas de todo o mundo.
Software Livre ganha espaço a cada dia
O software livre há muito que extrapolou as fronteiras da Academia, sendo um dos sistemas preferenciais das grandes indústrias, devido a utilização de padrões, o reaproveitamento de códigos, a adequação de ferramentas, além da não necessidade de licença para cada aplicação da ferramenta. No governo federal, a cada dia assume uma posição ainda mais estratégica.
Durante o Seminário, o diretor-presidente do Serpro apresentou dois casos que ilustram bem este cenário: a suíte de mensageria Expresso e novo framework Demoiselle. Segundo ele, tratam-se de experiências bem sucedidas de colaboração entre órgãos governamentais.
Mazoni explicou ainda que o Demoiselle será o framework utilizado para todo o processo de desenvolvimento/contratação de software do governo federal, para reconstruir os macroprocessos do Estado. "A adoção de uma única ferramenta, reaproveitamento de códigos e a utilização de padrões darão mais velocidade e vão garantir a interoperabilidade dos sistemas", analisou.
MCT investiu mais de 3 milhões de reais no Ginga
A afirmação veio do secretário de políticas de informática do Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, Augusto Gadelha. De acordo com Gadelha, o Ministério está comprometido com a capacitação de recursos humanos e com o desenvolvimento de softwares de qualidade. O investimento na ferramenta da TV Digital é mais uma das ações do Ministério para o fomento de códigos abertos. O secretário ressaltou as vantagens do software livre, destacando sua transparência, confiabilidade, flexibilidade, interoperabilidade e o não aprisionamento tecnológico.
O Ginga é o mais importante software do sistema de TV Digital brasileiro, marcado pela inovação e capacidade de resolver graves problemas de plataformas e padrões no mundo.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 11 de dezembro de 2008