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Consegi discute cooperativismo social e tecnológico
O secretário nacional de economia solidária do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, Dione Manetti, iniciou sua apresentação afirmando que a criação da secretaria significa uma mudança expressiva nas políticas públicas de trabalho e emprego que visam a geração de renda e a garantia de direitos de cidadania da população menos favorecida. Manetti falou do Projeto Cirandas.Net, rede social estruturada com trabalhos de economia solidária que já mapeou, até o momento, mais de 20 mil empreeendimentos organizados. "A economia solidária é uma prática socioeconômica ampla e significativa, onde os trabalhadores têm suas necessidades satisfeitas e o uso dos recursos naturais é feito de forma responsável e consciente. O Programa Economia Solidária em Desenvolvimento, do MTE, tem o desafio de implementar políticas que estendam ações de inclusão, proteção e fomento aos trabalhadores que participam de formas alternativas de organização do mundo do trabalho", comentou o secretário.
A Cooperativa de Tecnologia e Soluções Livres - Tecnolivre de prestação de serviços de informática, formada a partir de 2006 com apoio da Universidade Federal de Lavras, foi apresentada pelo seu diretor, Ramon Simões Abílio. Ele falou dos desafios para consolidar a cooperativa que elabora, desenvolve e implementa soluções tecnológicas livres para os mais variados setores da academia, indústria, comércio e serviços.
Veronica Xhardez apresentou a Elvex, cooperativa de software livre argentina dedicada a desenvolvimento de softwares livres e que trabalha com a gestão do conhecimento relacionado conectividade e criatividade. Consultorias, busca de soluções, inovações incrementadas em produtos livres, projetos em robóticca são algumas das ações trabalhadas pela Elvex. Ela mencionou que, hoje, as cooperativas se organizam em fóruns e redes de colaboração solidária em todos os lugares e que vêm conseguindo importantes conquistas de apoio nas diferentes esferas de governo.
Informação é a base da economia atual
O co-fundador da Associação de Fomento à Economia Solidária da UFBA, Vicente Aguiar, disse que estamos vivendo a era do capitalismo informacional, a era dos bens intangíveis. "Hoje duas commodities estão em ascensão: software e informação. São as ações mais valorizadas no mercado. Desta forma, as cooperativas de software livre têm que oferecer desenvolvimento de SL para garantir inclusão de empresas, ONGs e governos. Ampliar o potencial criativo do Brasil é o grande diferencial de solidificação das cooperativas," disse Aguiar, que encerrou com citando o professor de direito da Universidade da Columbia/NY, Eden Moglen: "a economia do século XXI é sustentada por software. O software é elemento tão fundamental para o desenvolvimento econômico no século XXI quanto foi a produção de aço no século XX".
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 27 de agosto de 2009