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Conhecimento que pode transformar realidades

Dez adolescentes são os pioneiros do curso de Introdução à Informática e Primeiro Emprego, ministrado no telecentro do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) da cidade de Formosa, em Goiás. O curso, realizado em parceria com o Case, faz parte do programa Serpro de Inclusão Digital e foi desenvolvido pela Escola de Inclusão Sociodigital, administrada pela Universidade Corporativa da empresa (UniSerpro). As primeiras turmas tiveram início na manhã e tarde do dia 19 de fevereiro.
O propósito principal do curso é a ressocialização dos jovens ao final da medida socioeducativa e a oferta de formação técnica que pode gerar mais oportunidade no mercado do trabalho. “As primeiras turmas terão somente cinco alunos. Após avaliarmos o desempenho e a participação deles, podem aumentar o número de jovens por turma”, ressaltou Luiz Cláudio Mesquita, gerente de Inclusão Digital do Serpro.
Com capacidade para atender 80 adolescentes em conflito com a lei, que cumprem medidas socioeducativas em regime fechado, o Case é subordinado à Secretaria de Estado de Cidadania e Trabalho do Estado de Goiás. Em dezembro de 2011, o espaço recebeu o 440° telecentro instalado pelo Serpro.
Mudança
“O Serpro chegou para nós no momento certo”, comemora o diretor do Case, Adírcio Soares Fernandes. “Antes a gente não tinha condição nem estrutura para oferecer cursos e os jovens ficavam ociosos nos alojamentos. Agora eles têm uma ocupação. São adolescentes sem contato com computador. Além de tudo, estamos contribuindo para a inclusão digital”, explica.
Os adolescentes terão aula de Informática Básica, Sistema Operacional Linux, BrOffice, Ética na Escola e Meu Primeiro Emprego. Além da teoria e da prática, durante as aulas haverá momentos de interação com músicas e vídeos. O curso será ministrado em dois módulos: Introdução à Informática e Primeiro Emprego. As aulas serão nas terças e quintas-feiras, com uma turma pela manhã e outra à tarde.
“Esse curso representa uma mudança para mim, uma chance de recuperar o tempo perdido”, escreveu M.R.S.O., de 14 anos. Para o lançamento da atividade, ele e os outros jovens participantes do projeto escreveram bilhetes com mensagens e expectativas sobre o curso que ora se inicia.