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Computação em Nuvem altera modelo de negócio de TI
A computação em nuvem não é algo propriamente novo. O termo já vem sendo utilizado desde a década de 90 do século passado. Mas é na atualidade que o conceito ganha força no mercado. De acordo com informações divulgadas pelo grupo Gartner, até 2012, 25% das compras de TI serão no novo modelo tecnológico e, até lá, todas as empresas que integram a lista das 500 maiores empresas do mundo, publicada pela revista Fortune, terão algum tipo de nuvem.
Em reconhecimento a este cenário, o Serpro, em conjunto com outras instituições, como a Dataprev, já articula o provimento de serviços públicos de governo ligados às TIC de maneira integrada e compartilhada em nuvem, por meio do Brasil Conectado. O projeto compôs a apresentação do Serpro no Seminário Cloud Computing, realizado neste dia 16/6, em Brasília-DF.
Suíte de Comunicação Expresso
No evento, o responsável pela Coordenação do Serviço Corporativo de Comunicação e Colaboração, em implantação na empresa, Marcos Melo, apresentou a suíte Expresso, produto que dará início ao projeto Brasil Conectado no Governo Federal. Com destaque para as várias funcionalidades e ferramentas: agenda, mensagens instantâneas, e-mail, serviços VoIP, workflow e outras, foi mostrado como a solução está aderente aos conceitos de computação em nuvem.
Escalabilidade, compartilhamento, acesso ilimitado aos serviços - com uso indispensável da internet e novas tecnologias móveis -, modelo de negócio simples com pagamento pelo uso e agilidade de contratação são os requisitos da inovação mercadológica. Para Melo, no entanto, a atuação do Estado vai exigir também a preocupação com massificação da banda larga e integração das redes de governo para que o cidadão usufrua os benefícios. “É preciso ainda popularizar o serviço, não basta estar disponível, mas também ser de simples acesso, com aplicação da Web 3.0 e da Web Semântica”, completa Marcos Melo.
Evolução contínua
A abertura do Seminário foi feita pelo diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni. Para ele, o esforço da computação em nuvem é obrigatório, executado de forma integrada e cooperada. “Nossa atividade é manter um processo evolutivo constante tendo sempre a melhoria da gestão pública como foco”, declarou o gestor.
Vantagens e preocupações
Para o gerente nacional de Arquitetura de Soluções de TI da Caixa, Rodrigo Evangelista, a computação em nuvem proporciona ganhos de escalabilidade, redução de custos, agilidade, flexibilidade e sustentabilidade, com aplicação da chamada TI Verde. Contudo, algumas preocupações também aparecem, principalmente, relacionadas a privacidade e segurança, portabilidade entre provedores e formas de contratação pública.
Evangelista coloca um freio na onda que toma o mercado. É preciso saber quando a nuvem é boa para o negócio da empresa. Para isso, devem ser considerados fatores como a preparação para custos que variem com a demanda, existência de sazonalidade na atividade, definição do melhor prazo de contratação e o tipo de interface do serviço.
Inevitável
Ainda assim, consolida-se como inevitável aderir, de alguma maneira, ao novo modelo. A redução de custos com software, armazenamento, servidores e com pessoal para instalar, configurar e executar as operações, além da alta disponibilidade dos aplicativos, implícitos com a computação em nuvem, são as diversas vantagens que tornam obrigatória a reorganização das instituições neste campo de atuação.
Comunicação Social do Serpro - Brasília, 17 de junho de 2010