Notícia
Serpro no BRICS
Serpro fornece tecnologia para os eventos do BRICS em 2025
Nesta semana começaram as reuniões do BRICS, agrupamento que atua como fórum de articulação politico-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas. Formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, em 2025 a presidência do grupo está sob o comando do Brasil. O Serpro, empresa de inteligência e tecnologia do governo federal, é parceiro em mais esse grande projeto internacional de relevância singular para a soberania brasileira. A estatal repete a parceria com o Itamaraty e está responsável pela tecnologia oferecida aos eventos do BRICS em 2025, durante a presidência brasileira do grupo.
"O Serpro reforça seu papel estratégico para o Brasil e orgulha-se de seu protagonismo na construção de soluções que viabilizam grandes eventos internacionais para o Estado. Depois do sucesso que foi a parceria com o Itamaraty para desenvolver os sistemas que suportaram os eventos do G-20, a estatal passa agora a fornecer todo o apoio tecnológico para os eventos que acontecem no Brasil do BRICS", informa o presidente da empresa, Alexandre Amorim.
Segundo Luis Gustavo Loyola, gestor no Serpro dos negócios junto ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), a participação da estatal de TI está sendo efetiva. "Entregamos um sistema de credenciamento que já está funcionando e, por enquanto, agendando as reuniões virtuais, que utilizam as nossas salas de videoconferências. A partir de março, o prédio da Regional Brasília do Serpro, localizado próximo à Esplanada dos Ministérios, recebe as reuniões presenciais do grupo", detalha Loyola.
Portal do BRICS está no ar
Além disso, na semana passada, como conta a superintendente de Soluções para Gestão Pública no Serpro, Suelene Costa Jochims, foi entregue o site do BRICS, para começar a divulgar as notícias e o material que é utilizado nas reuniões. "Desenvolvemos o portal do Brics na padronização dos portais de governo, no formato do Gov.br. A formalização ajuda na intuição do usuário e a linguagem eleita, o Plone 6, economiza recurso computacional e tem uma melhor performance em nuvem. Além disso, o portal BRICS tem sua hospedagem no Serpro, que usufrui dos requisitos de segurança aplicados aos portais de governo", conta Suelene.
O portal do BRICS também conta com a colaboração da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil, que concentra no domínio informações oficias a respeito da ações do grupo e documentos que orientarão as discussões pelo fortalecimento da cooperação entre os países do Sul Global, como notícias, dados econômicos sobre os países membros, calendário de atividades e respostas às perguntas frequentes sobre o grupo. Disponível em português e inglês, funciona como a plataforma oficial de divulgação de informações sobre a presidência brasileira do grupo e pode ser acessado pelo endereço: https://brics.br.
Saiba mais sobre o BRICS
O BRICS não constitui uma organização internacional ou um bloco formal. Trata-se de um foro, agrupamento ou mecanismo de coordenação e cooperação entre países do Sul Global: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação politica e diplomática e de cooperação de países do Sul Global nas mais diversas áreas. Não possui tratado constitutivo, orçamento próprio ou secretariado permanente.
O agrupamento era originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China, e expandiu-se pela primeira vez com a admissão da África do Sul em 2011. Na 15ª Cúpula em Joanesburgo, em agosto de 2023, os líderes do BRICS decidiram por nova expansão, admitindo Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A Indonésia aceitou formalmente o convite para integrar o agrupamento em 2024. Em 6 de janeiro de 2025, a presidência pro tempore do Brasil anunciou o ingresso formal da Indonésia.
Em linha com a Declaração de Joanesburgo, os líderes aprovaram a criação do status de "país parceiro do BRICS", em 2024. A então presidência russa do BRICS anunciou o ingresso, na qualidade de países parceiros, a partir de 1º de janeiro de 2025, de Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Também em janeiro, a Nigéria aceitou formalmente o convite para se tornar país parceiro do BRICS.
A nova configuração fortalece a capacidade de atuação dos países do Sul Global em questões prioritárias da ordem internacional, como a reforma das instituições de governança global e a promoção do desenvolvimento sustentável. A expansão do BRICS constitui, portanto, uma vitória para todos os países que defendem uma ordem internacional mais justa, democrática e equilibrada. Juntos, os países membros formam um agrupamento que detém uma expressiva participação demográfica, econômica, comercial, energética e alimentar no mundo, possibilitando a formação de parcerias ampliadas e fortalecendo a cooperação para o desenvolvimento.
Os países do BRICS formam um agrupamento que detém uma expressiva participação demográfica, econômica, comercial, energética e alimentar no mundo, possibilitando a formação de parcerias ampliadas e fortalecendo a cooperação para o desenvolvimento.
O Sul Global refere-se a um grupo de países em desenvolvimento, principalmente localizados no hemisfério sul, incluindo América Latina, África, Ásia Meridional e Sudeste Asiático. Esses países compartilham características como economias diversificadas, desafios sociais e atuam de maneira coordenada em foros internacionais para reivindicar reformas na ordem econômica e política global, visando promover cooperação econômica, fortalecer sua voz nos fóruns internacionais e reduzir dependência dos países desenvolvidos, impulsionando desenvolvimento sustentável e reequilibrando o poder global. Agrupamentos como o BRICS, G77 + China e a União Africana são representativos desses países.
Desde a criação do termo BRICS, os membros originais ampliaram sua participação no PIB global. Em 2003, as economias de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representavam, conjuntamente, pouco mais de 20% do PIB global em PPP (a preços correntes); em 2023, o agrupamento ampliou sua participação para 33% do PIB global em PPP, totalizando, aproximadamente, US$ 60 trilhões. Considerando a recente adesão da Indonésia e dos cinco membros que entraram em 2024 (Arábia Saudita, EAU, Egito, Etiópia e Irã), a participação do BRICS no PIB mundial aumentou para aproximadamente 40% em 2023. O FMI projeta que, em 2024, todos os países do BRICS terão apresentado crescimento econômico positivo, com taxas que variam de 1% a 6%.