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Debate Mulheres Conectadas trouxe para o Serpro especialistas que são referências nacionais
Ontem, quinta-feira (13/3), um encontro no auditório da Sede do Serpro reuniu Patrícia Peck, referência nacional em Direito Digital e Proteção de Dados, e Karla Margarida Santos, especialista em letramento para segurança digital do Instituto Empoderar. A mediação da mesa de debate contou com Débora Sirotheau, especialista em Segurança Cibernética na Diretoria de Operações do Serpro. O evento "Mulheres Conectadas: Prevenção de Fraudes e Segurança Digital" trouxe diversas medidas que estão sendo tomadas atualmente e outras que precisariam ser implementadas para o combate à fraude no ambiente digital.
Vive-se, atualmente, uma era que representa enormes oportunidades para homens e mulheres, mas também crescem as ameaças com o acesso universal ao mundo digital. E as mulheres estão entre as maiores vítimas de fraudes que ocorrem concomitantemente a esse avanço tecnológico. Para prevenir o risco que aumenta a cada dia, as debatedoras apontam como melhor caminho o empoderamento das mulheres, por meio do aprendizado e conhecimento de como agir para se defender. Elas destacam o letramento em gênero e feminismo como ferramenta para compreender e combater as desigualdades de gênero, e construir uma sociedade mais inclusiva. Prevenir e mitigar os danos são atitudes para não deixar a fraude ocorrer, e isso se faz com acesso ao conhecimento e troca de informação.
A inclusão digital, a defesa da equidade de gêneros, para que mais mulheres possam assumir seu papel na sociedade atual foi o tema que levou à criação do Instituto Empoderar. De acordo com Débora Sirotheau, o Serpro, por valorizar essa pauta, que está presente na agenda da ONU, também trabalha por um futuro mais inclusivo e mais justo para todas e todos.
O Instituto Empodera é um coletivo que começou pequeno, com 10 mulheres servidoras públicas e, hoje, já conta com 150 empresas que realizam diversas ações para fomentar as políticas de apoio à inclusão de mais mulheres em todas as camadas de poder no país. Assim, hoje há mais ministras do governo, e também no Judiciário, conforme destacou Débora Sirotheau ao apontar a ministra Maria Elizabeth Rocha, que nessa quarta-feira, 12/3, se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do Superior Tribunal Militar.
Patrícia Peck, lembrou que talento não tem gênero e o importante é que as mulheres possam se superar e encarar questões que as colocam como sendo mais frágeis diante de fraudes digitais como uma provocação. Karla Santos frisou que, no Instituto Empoderar, as mulheres estudam e discutem muito sobre essa questão, principalmente porque há fraudes especificamente direcionadas às mulheres, com apelo emocional, sentimental, que acabam fazendo uso de uma fraqueza a quais elas são mais suscetíveis. "É preciso que a mulher saiba que em casos assim, é preciso que prevaleça o espírito de cautela, para fugir às armadilhas que usam mentiras como sequestro de filhos e outras. O crime organizado digital, adverte ela, é mais do que organizado.