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Web Summit Rio chega ao final com recorde de público
O Web Summit Rio terminou nesta quinta-feira, 18, reunindo, por quatro dias no Rio de Janeiro, mais de 34 mil pessoas (61% a mais do que em 2023) de 102 países. O evento teve um estande do Serpro, a maior estatal de tecnologia do mundo, que foi representada pelo seu presidente, Alexandre Amorim, e pelo seu diretor de Relacionamento com Clientes, André de Cesero. Além disso, a empresa apresentou os primeiros resultados de sua parceria com o governo de Angola e promoveu uma masterclass sobre o uso de inteligência artificial na prevenção a fraudes.
Segundo a organização do evento, passaram pelos corredores do Riocentro mais de 1000 startups, sendo 45% delas fundadas por mulheres e 22%, por negros. As mulheres também conquistaram outros números importantes: 47,5% entre os participantes e 39% dos 518 palestrantes e debatedores.
“Foi muito importante nos apresentarmos no evento, colocando o Serpro como referência, trazendo todas as tecnologias e plataformas que nós desenvolvemos para o governo, fomentando a influência de tecnologia, a indústria de inovação, é um marco muito importante na expansão dos nossos mercados”, declarou o presidente Amorim.
André de Cesero também comemorou a participação da estatal. “Foi muito diferente dos primeiros que a gente participou. Tivemos agendas com empresas privadas, com empresas de processamento de dados de municípios e de estados. O estande do Serpro virou um ímã de interesse de negócio”, afirmou o diretor.
Serpro e Angola mostraram primeiros resultados de parceria
Durante o evento, o Serpro e o Serviço de Tecnologia de Informação e Comunicação das Finanças Públicas (Setic-FP), órgão vinculado ao Ministério das Finanças da República de Angola, realizaram uma masterclass onde explicaram como o Brasil está auxiliando a transformação digital do país.
“Reforçamos a proposta do presidente Lula de retomar a cooperação do Brasil com os países do continente africano. A gente tem feito um trabalho de mostrar quais foram as nossas dificuldades, nossas experiências, pois, no final, o objetivo de todos é entregar ao cidadão”, explicou Amorim.
O diretor-geral do Setic-FP, Edilson Coelho, declarou que a expectativa com o Web Summit Rio foi alta. “Não basta digitalizar sem organizar, o que nós vamos fazer é, de forma paralela, começar a organizar as equipes e realizar a transformação digital de forma gradual. É isso que nós fizemos aqui. Viemos colaborar, aprender, trocar experiências com o Serpro”, afirmou.
A parceria entre os dois países foi celebrada em novembro de 2023, por meio de um Memorando de Entendimentos (MoU). Para Amorim, a cooperação gera impacto de tecnologia na economia, na saúde, no comércio exterior, reduzindo custos, aumentando a competitividade e gerando novas oportunidades para os dois países. "Essa parceria é voltada para novas oportunidades, tanto para Angola quanto para o Brasil”, concluiu.
Como a IA e a biometria facial podem ajudar a prevenir fraudes?
No terceiro dia do evento, os analistas do Serpro, Thiago Pículo e Sebastião Fonseca, apresentaram a experiência da empresa de TI do governo federal com o uso de tecnologias de identificação, em especial a biometria, durante uma masterclass. As pessoas que compareceram e lotaram o auditório puderam conhecer soluções como o Datavalid e o Biovalid e se informar sobre como se proteger de fraudes com o avanço de tecnologias como a deepfake, tecnologia que usa inteligência artificial (IA) para criar ou falsificar vídeos e áudios.
O Datavalid é um serviço que pode ser utilizado por entidades públicas e privadas que necessitem realizar validações de identidades para automatização de processos e garantir autenticidade. De acordo com Pículo, seu diferencial é realizar a validação de identidade junto às bases oficiais do governo, sem intermediários. “O produto já realizou mais de 322 milhões de validações de identidade e aproximadamente 13 milhões de fraudes foram evitadas", afirmou o analista, que é gestor do produto.
Pículo também apresentou o Biovalid, produto derivado do Datavalid, que permite realizar prova de vida com validação biométrica (liveness com facematch) juntos às bases oficiais de governo. “Temos ainda o Bioconnect, um componente que pega o Biovalid, encapsula, e pode ser embedado em outros aplicativos de um cliente que não tem como desenvolver a validação facial. Esse cliente terá o Biovalid mantendo a experiência do usuário no seu próprio app", destacou.