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Agronegócio
Serpro participa de mesa redonda sobre “Rastreabilidade da Cadeia de Alimentos”
Segundo especialistas presentes na AgroBrasília 2024, o Brasil já possui uma produção com altos níveis de sustentabilidade, mas enfrenta dificuldades para sua comprovação. Dessa forma, como compradores estrangeiros estão cada vez mais exigentes quanto a certificações de origem, a rastreabilidade da produção tem se tornado importante para garantir as exportações do agro brasileiro.
Essa ideia permeou o debate sobre rastreabilidade da cadeia de alimentos, que contou com uma mesa redonda que funcionou como um “micro ambiente do agro”: com o Serpro representando o governo; a empresa iRancho, o empreendedorismo; e a Coopersystem, o cooperativismo agrícola.
“O Serpro tem atuado na transformação digital não só do país mas até mesmo globalmente, já que todos os continentes têm algum serviço da empresa pública para facilitar a interação com o Brasil. E agora também estamos dando nossa contribuição para a cadeia produtiva, como exemplifica a Plataforma Agro Brasil+Sustentável”, explicou o superintendente de Relacionamento com Clientes de Negócios Estratégicos do Serpro, Bruno Vilela.
Parceria
A tecnologia é fruto de uma parceria entre a empresa pública e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é disponibilizar informações organizadas, rastreáveis e confiáveis sobre a produção agropecuária sustentável, sendo uma medida estratégica para atender ao mercado europeu. A rastreabilidade fornecida pelo Agro Brasil também facilita o acesso a políticas públicas e programas de incentivo do governo brasileiro.
Neste ano, a solução de rastreabilidade já foi apresentada a representantes da União Europeia, China e outros países. “Todos eles se mostraram surpresos pelo fato do Brasil ter ido além das expectativas na entrega de soluções para facilitar nossas exportações de alimentos. Até agora, ninguém nos impôs tecnologia, só nos exigiram o cumprimento dos padrões”, relatou Vilela.
Novo Patamar
“O Brasil já é o maior exportador de carne bovina do mundo e a rastreabilidade, sem dúvida, vai levar nossa agropecuária a um novo patamar”, avaliou Thiago Parente, da agtech iRancho, que recentemente recebeu um aporte financeiro de mais de R$ 7 milhões do Banco do Brasil. Segundo o empreendedor, a exigência por produtos rastreáveis é cada vez maior em todo o mundo. “Agora é possível evitar fraudes e sabermos todo o histórico do animal, com informações de origem e geolocalização, além de dados nutricionais e sanitários”, afirmou.
Já Leomário Vales, da Coopersystem, relatou sua experiência de rastreabilidade com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). “O processo de rastreamento envolveu diversos níveis de cada cadeia produtiva, com várias as etapas de validação e auditoria das diversas certificações”, explicou.
Saiba mais sobre a Plataforma Agro Brasil+Sustentável