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Transformação Digital
Serpro, Dataprev, SGD e órgãos do Sisp discutem diagnóstico dos sistemas da administração pública
Na última quinta-feira, 28, a Secretaria de Governo Digital, o Serpro e Dataprev se reuniram com órgãos do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). O objetivo foi discutir um autodiagnóstico realizado pelo Sisp que identificou possíveis fragilidades em alguns centros de dados do executivo federal. A SGD está orientando e discutindo estratégias para que os 250 órgãos do Poder Executivo Federal adotem nuvens de governo, como a oferecida pelo Serpro.
Para o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, o autodiagnóstico do Sisp possibilitou um norte para a atuação da empresa pública, já que vai permitir entender a necessidade e os desafios dos órgãos. “A partir disso, conseguimos desenhar um modelo, uma estrutura, um atendimento, um serviço. Ou seja, um estudo completo de como está o ambiente, de como está a infraestrutura e trabalhar em conjunto com os órgãos para que essa migração possa ser feita procurando a eficiência do recurso, dando grande atenção ao investimento dos órgãos”, afirmou Amorim.
De acordo com Amorim, a nuvem também é a solução ideal para os órgãos que desejam focar na sua atividade fim. “Nosso objetivo é proporcionar uma gestão de TI mais ágil e focada. Um órgão de saúde, educação ou finanças, por exemplo, não precisa se preocupar com aquisições e gestão de hardwares e softwares. Ele pode deixar essa parte com a gente e concentrar sua energia naquilo que faz melhor, que é a gestão pública e o atendimento ao cidadão. E pode fazer isso com a confiança de que será suportado pela maior empresa pública de TI do mundo, com garantia de segurança, soberania e privacidade para seus dados”, completou o presidente do Serpro.
Segundo o Secretário de Governo Digital, Rogério Marcarenhas, é importante que os órgãos utilizem os serviços disponibilizados pelo Serpro e Dataprev porque se tratam de empresas do Estado, fundamentais para estruturar as ações do governo. “Com a Portaria SGD/MGI nº 5.950, de 2023, temos uma abordagem estratégica do uso da nuvem. A norma traz o conceito de nuvem de governo, que demonstra a importância acerca da localidade em que os dados estão hospedados, ou seja, uma preocupação em relação à proteção da soberania”, afirmou o secretário.
Outro consenso trazido pelos representantes do governo que estiveram na reunião é a de que a questão da nuvem também passa pelo investimento em uma infraestrutura nacional de dados, considerada uma questão de soberania. “Não estamos falando das 116 salas cofre espalhadas pela Esplanada, ou dos sistemas a, b ou c. Estamos discutindo a possibilidade do Estado brasileiro continuar a existir. Simples assim. Esse é o desafio enfrentado por todos os Estados no século XXI, uma questão existencial, já que não é mais possível conceber um país sem dados”, afirmou o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção.
Mais de cem órgãos
Realizado em 2023, o diagnóstico revelou do Sisps que 138 órgãos, de 229, ainda não possuem soluções de nuvem contratadas. Os dados da pesquisa mostram, ainda, que 27 órgãos utilizam exclusivamente serviços de Infraestrutura como Serviço (IaaS) e outros 29 fazem uso de IaaS acrescido de serviços complementares nativos do provedor, tais como monitoramento e segurança.