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Serpro amplia compromisso com a diversidade e inclusão com adesão ao Pacto pela Igualdade Racial
Crédito da foto: Cadu Gomes / VPR
Nesta quinta-feira, 12 de dezembro, durante a 4ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, realizada em Brasília, o Serpro assinou o Pacto pela Igualdade Racial, reafirmando seu compromisso com a promoção da diversidade e da inclusão racial no Brasil. O presidente Alexandre Amorim representou a empresa no evento e oficializou a adesão.
O pacto, uma iniciativa do Ministério da Igualdade Racial e da Secretaria de Relações Institucionais, busca combater as desigualdades raciais no Brasil por meio de ações estruturantes e formativas. O Serpro se comprometeu a adotar práticas que promovam a igualdade racial, incluindo o fortalecimento de programas de conscientização, a valorização da cultura negra e a criação de oportunidades para lideranças negras em espaços de decisão.
“Estamos honrados em nos juntar a essa iniciativa que fortalece a justiça social e a equidade. No Serpro, acreditamos que a inclusão é essencial para a inovação e para o progresso. Assinar este pacto é reafirmar nosso compromisso histórico com a diversidade e com a promoção de uma sociedade mais igualitária, tanto no setor público quanto na sociedade como um todo”, destacou Alexandre Amorim.
A empresa tem assumido cada vez mais compromissos com a inclusão racial. Recentemente, no Dia da Consciência Negra, o Serpro levou internet para o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, uma ação de conectividade que beneficia dezenas de quilombolas residentes na região e milhares de visitantes.
A estatal também foi a primeira a se comprometer com a criação de um curso de letramento racial voltado para servidores e empregados de órgãos governamentais, contribuindo para a disseminação de conhecimento sobre o tema em diversas esferas da administração pública.
Compromissos assumidos pelo Serpro no Pacto pela Igualdade Racial
Com a adesão ao Pacto, a empresa se compromete a:
- Colaborar na implementação de ações antirracistas em parceria com outras entidades públicas e privadas;
- Realizar treinamentos e formações continuadas para sensibilização e promoção de práticas antirracistas entre seus colaboradores;
- Incentivar a liderança negra, com programas voltados à capacitação e ascensão profissional;
- Engajar-se em metas concretas para o desenvolvimento de projetos de impacto social que fomentem a igualdade racial; e
- Orientar suas ações conforme os princípios do Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010).
O significado do pacto
O Pacto pela Igualdade Racial foi apresentado como uma resposta às desigualdades persistentes no país. “Um país que defende a igualdade racial é um país mais democrático, mais humano e mais próspero”, compartilhou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A titular do ministério também citou que os quatro eixos prioritários do pacto são educação e inclusão; trabalho, emprego e renda; vida digna; e direito à terra e moradia, pautas oriundas do movimento negro.
A conselheira do CDESS, Mônica Veloso, uma das lideranças na construção do pacto, reforçou a necessidade de ações efetivas para transformar a realidade brasileira. “A assinatura do Pacto pela Igualdade Racial é uma resposta à demanda histórica de enfrentarmos as desigualdades raciais em suas múltiplas dimensões. Este compromisso não é apenas simbólico, mas uma convocação para que todos os setores da sociedade se engajem ativamente”, declarou.
Mônica, que também é vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, ainda acrescentou: “Precisamos garantir dignidade, educação, trabalho, terra e moradia para a população negra, enfrentando o racismo estrutural que perpetua ciclos de pobreza e exclusão. Não há democracia plena sem justiça racial”.
“Eu acredito que o Pacto pela Igualdade Racial é um marco que precisa ser abraçado por todas as empresas. Quando começamos a implementar ações afirmativas no Magazine Luiza, enfrentamos resistência, mas seguimos firmes, e o impacto foi transformador, tanto para os colaboradores quanto para a cultura da empresa”, afirmou Luiza Trajano, fundadora da Magazine Luiza.
Para a empresária, essas iniciativas não são uma questão de caridade, mas de justiça e oportunidade. “Empresas que promovem a inclusão racial são mais fortes e conectadas com a realidade do país. É hora de todos nós fazermos a nossa parte e mostrarmos que é possível mudar para melhor”, discursou Luiza Trajano.
Reunião do Conselhão
A 4ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS) contou com a presença de autoridades, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, e diversos representantes da sociedade civil, e abordou uma agenda diversificada voltada à redução das desigualdades, defesa da democracia e sustentabilidade econômica.
Durante a manhã, foram apresentados avanços de grupos de trabalho, incluindo o Pacto pela Igualdade Racial, a entrega de propostas como a de Renda Básica, e a assinatura de parcerias estratégicas, como do Acordo de Cooperação Técnica Mais Conhecimento da Amazônia, o portfólio de projetos com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e de contratos da Petrobras para renovação da frota marítima, além do Lançamento da Missão 5 de Bioeconomia, Descarbonização, e Transição e Segurança Energéticas da Nova Indústria Brasil.