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Verde e Digital
Tecnologia limpa para garantir a preservação do meio ambiente
Como as empresas podem prosperar com competitividade em um cenário de redução do impacto no meio ambiente? Focadas na combinação entre sustentabilidade e inovação, gigantes do setor apostam em startups que usam tecnologia limpa e utilizam, de forma responsável, os recursos naturais, trazendo ao mesmo tempo rentabilidade para o negócio.
Esse foi o tema principal do painel "Startups, tecnologia e inovação impulsionando o futuro verde", que encerrou o "Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes", evento conjunto do Banco do Brasil e da Petrobras, com o apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Central do Brasil. O congresso, que terminou na última sexta-feira, 20, no Jardim Botânico, no Rio, apresentou estratégias corporativas e de projetos para impulsionar negócios verdes, conectando lideranças de diferentes segmentos em torno do tema "Mercado de Crédito de Carbono Brasileiro e Global".
Participaram do painel, além do moderador, Marcelo Cavalcante, vice-presidente de Tecnologia do Banco do Brasil; Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil; Juliano Dantas, diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras; Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização e Governo Digital do Ministério da Economia; Gileno Barreto, presidente do Serpro; e Rodrigoh Henriques, header da Lift Lab.
Créditos de carbono
Ao início do painel, o ministro do meio ambiente Joaquim Leite destacou os avanços do Brasil na digitalização dos serviços, a importância da tecnologia no dia a dia da população e defendeu o papel do setor no desenvolvimento de um futuro verde. Para impulsionar o mercado de carbono, o ministro divulgou a criação de uma plataforma de registro de créditos de carbono, desenvolvida em parceria com o Serpro. “Trata-se de uma nova plataforma, construída para atender o ministério no controle de crédito de carbono. Ainda estamos modelando, já de acordo com a regulamentação, que acabou de ser publicada. A plataforma vai ficar disponível para todos os vendedores de crédito de carbono”, informou.
O moderador, Marcelo Cavalcante, afirmou ser essencial a cooperação entre as empresas e a população para o desenvolvimento de tecnologias seguras e benéficas para todos. “Não podemos falar de futuro verde sem a existência de colaboração. O futuro verde é transformar o ônus em bônus”, analisou.

O papel da tecnologia
De acordo com Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização e Governo Digital do Ministério da Economia, o mercado de carbono é uma solução para incentivar atitudes benéficas para o meio ambiente. Segundo o secretário, o projeto abre uma série de oportunidades ao país. “Devemos assumir o lugar de protagonismo porque nós temos energia renovável. Nós estamos transformando o Brasil”, concluiu.
Gileno Barreto, presidente do Serpro, abordou a contribuição da empresa para a geração de tecnologias verdes. “A plataforma de registro de créditos de carbono desenvolvida pelo Serpro será revolucionária, além de estar disponível para todos os interessados no mercado de crédito de carbono. A solução traz transparência e rastreabilidade, acompanhando desde o registro até a aposentadoria do crédito”, detalhou.
Por um mundo melhor
Para Marcelo Braga, presidente da IBM Brasil, o principal objetivo é utilizar a tecnologia para fazer um mundo melhor. Segundo ele, tecnologia, talentos e confiança formam o tripé do futuro. “É essencial que empresas do governo se comuniquem com a sociedade como de fato ela é”, afirmou, ressaltando a importância da participação popular para a criação de tecnologias eficientes.
Juliano Dantas, diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, afirmou que a integração dos setores é a chave para a criação de um futuro verde. Segundo o diretor, o processo precisa ser transparente e as ferramentas já existentes devem ser usadas a favor do desenvolvimento tecnológico e social. “O setor público deve se organizar, estudar as ferramentas e usá-las. As conexões precisam ser utilizadas em prol da inovação”, finalizou.