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Serpro debate tecnologias de onboarding seguro para o mercado de crédito

"Nós sabemos hoje que, no mercado brasileiro, o Serpro talvez seja a instituição com a melhor capacidade de fornecer dados seguros e confiáveis porque usa a base do governo federal". Foi com esta fala que Fábio Basílio, presidente do BB Tecnologia e Serviços e mediador do primeiro painel do BBTS Connect, iniciou a participação do diretor de Relacionamento com Clientes do Serpro, André de Cesero, no debate da manhã desta segunda-feira, 26 de setembro.
O painel intitulado Crédito em Mar Aberto, que destacou o processo de onboarding na concessão de créditos, contou com a questão do mediador sobre a importância de se ter base de dados seguros e confiáveis para combater fraudes. Fábio Basílio perguntou a André de Cesero como o Serpro está trabalhando esses dados, a integração com o setor financeiro e o futuro próximo, a exemplo da inclusão das bases do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Inicialmente o diretor André agradeceu o convite feito ao Serpro, declarando que o principal mecanismo de expansão dos negócios são as parcerias, principalmente com o mercado privado. "Participar desse painel, significa conversar sobre o tema apresentado, percebendo a todo instante, como as empresas que possuem inteligência sobre o tema, podem se integrar e pensar de forma inovadora", afirmou.
Especificamente sobre a relação do Serpro com o tema apresentado, em 2008, o Serpro, como prestador de serviço de tecnologia da informação, passou a ser o responsável pela operação da Conta Única do Tesouro Nacional junto ao SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), quando o governo federal passou a operar suas reservas de forma independente do Banco do Brasil, até então operador oficial da Conta Única.
Trazendo para os tempos atuais, houve o evento do ingresso no PIX, desde o lançamento. O Tesouro Nacional, por meio do Serpro, foi um precursor no uso do PIX, tendo ingressado nesse sistema de pagamentos junto com os grandes bancos, cuja adesão foi compulsória. Desde então, tornou-se possível recolher os pagamentos via PIX direto para a Conta Única do governo federal.
Soluções Serpro e mercado de crédito
Cesero antecipa que para a definição de score de crédito, o Serpro possui bases de dados que agregam valor para o segmento de análise de risco para oferta de crédito, por exemplo, informações sobre renda e faturamento. "O advento do PIX, do Open Banking e do Open Finance, conjugado com a segurança jurídica da LGPD potencializam o ingresso de novos players no mercado financeiro criando um contexto disruptivo de inúmeras possibilidades de novos modelos de negócios para o ecossistema de Fintechs e também dos Bancos Comerciais tradicionais, motivo pelo qual, esse mercado é considerado um verdadeiro mar aberto de oportunidades", resumiu.
O diretor explicou que o Serpro, nos últimos anos, está passando por uma mudança de direcionamento estratégico. Lembrou que a empresa foi criada inicialmente para atuar com o então Ministério da Fazenda, mas que hoje esse relacionamento se expandiu para um outro mundo. "O Serpro é o principal operador do governo federal, responsável pelo desenvolvimento e produção de aproximadamente 90% dos temas de negócio do Governo Federal, somos o operador desses sistemas e dados residentes nos ambientes operacionais dedicados", acrescentou. Nesse momento, novamente o diretor ressaltou a importância do direcionamento empresarial no investimento de novas parcerias junto aos diversos entes que participam do provimento de novas soluções, destaque para o mercado privado.
"O Serpro deixa de ser uma empresa de processamento de dados, para uma nova identidade. Somos uma empresa de inteligência de negócio conectando Governo e Sociedade". André de Cesero, diretor de Relacionamento com Clientes do Serpro
Falando em inovação, novos modelos de negócio, novos mercados, o executivo do Serpro também disse que trata-se de algo impossível de ser realizado sem o estabelecimento de novas parcerias. "Um dado que ressume essa mudança de posicionamento da empresa, com a diversificação de atuação no mercado, hoje temos negócios, não só para os clientes do Governo Federal, ampliamos a nossa carteira para contratos junto à esfera dos Estados, Municípios, mercado privado e até internacional, em 2015 tínhamos 217 clientes, hoje, são mais de 23 mil clientes", declarou.
Para os novos modelos de negócio, gerando produtos para esses novos mercados, Cesero explicou sobre como funciona a estratégia de monetização, onde os clientes da esfera do governo federal, passam a ser parceiros de negócio, passando a receber uma parte do faturamento de cada produto lançado, reinvestindo esses valores, nas contratações junto ao Serpro.
Transformação digital
André de Cesero afirmou que o Serpro é o braço forte da transformação digital dos temas de negócio de responsabilidade do governo federal. Destacou a importância da plataforma Gov.Br, que contabiliza mais de 120 milhões de usuários e que dá acesso a mais de 5 mil mil serviços. "O cidadão é o centro da plataforma Gov.Br", garantiu.
Lembrou ainda que a empresa foi criada, inicialmente, para atuar com o, então, Ministério da Fazenda, mas que hoje esse relacionamento se expandiu bastante. “O Serpro é o principal operador do governo federal. Estamos falando praticamente de 90% da cobertura dos dados da inteligência do governo, nos diversos ministérios”, afirmou. O diretor ressaltou que todo o trabalho de transformação digital e mudança de posicionamento da estatal levaram a uma diversificação de atuação no mercado, crescendo de 215 para 23 mil clientes. “Na medida em que viramos parceiros do governo, a própria missão do Serpro passou por uma revisão, saindo de uma empresa de processamento de dados para uma de inteligência e negócios de governo”, pontuou.
Voltando ao questionamento feito, Cesero explicou sobre a iniciativa da empresa em prover uma plataforma com dados biométricos. Foram firmadas parcerias com clientes da esfera federal, para oferecer produtos ao setor privado. O diretor destacou o uso dos dados biométricos da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), com o lançamento de produtos como a Carteira Digital de Trânsito (CDT), Datavalid, a nova placa Mercosul e outros 16 novos produtos do tema de negócio Trânsito. Recentemente, o Serpro estabeleceu contrato também com o TSE, assim, a base de biometria de todos os eleitores Brasileiros passou a compor a plataforma de dados biométricos da empresa, junto com a base da CNH.
"Nosso objetivo, é ser o provedor que reúne dados biométricos e biográficos para atender a uma série de oportunidades desse ‘mar’, apoiando à mitigar riscos e combate a fraudes dos negócios dos nosso clientes. Estamos falando de produtos que já estão no mercado há quatro anos e que já têm sua estabilidade percebida e segurança colocada à prova”, anunciou.
Foco no cidadão
"Todo esse serviço precisa ter como centro o cidadão. A discussão é de como transformar essa riqueza de dados em produtos, possibilitando a competitividade para que o cidadão seja realmente beneficiado na sua tomada de decisão", analisou André de Cesero, acrescentando que esse é um dos mais constantes temas de conversas com a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, responsável pela orquestração da transformação digital do país.
Sobre perspectivas futuras, o diretor também citou um aspecto que já está em discussão, com produtos já existentes. "Qual o valor do dado do cidadão?". É certo que num curto espaço de tempo, sabendo o valor do dado de cada indivíduo, este poderá receber uma parte do valor faturado pelas empresas, monetizar o próprio cidadão.
Protagonismo em LGPD
Outro aspecto importante destacado pelo diretor é que a estatal é referência em LGPD. "Podemos afirmar que os eventos do Open Banking e o Open Finance se tornaram possíveis graças à segurança jurídica proporcionada pela regulação sobre privacidade e proteção de dados e, neste setor, a empresa também tem seu protagonismo reconhecido por sua atuação no fomento à construção das soluções, como as plataformas 'Serpro LGPD Educacional' e a de Gestão do Consentimento [LGPD PDC].
O evento
O BBTS Connect está em sua segunda edição e é um evento presencial e online, realizado pelo BB Tecnologia e Serviços, com o objetivo de valorizar e estabelecer conexões, aproximando clientes, parceiros e convidados, abordando também assuntos relacionados a open banking. Em 2022, a programação contou com três painéis.
Neste primeiro painel da atividade, chamado de Crédito em Mar Aberto, além do diretor de Relacionamento com Clientes do Serpro, André de Cesero, e do presidente da BBTS, Fábio Basílio, também participaram a vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Paula Teixeira, a vice-presidente da Embratel, Maria Teresa Lima, o engenheiro de Serviços Financeiros da InterSystems, Gerson Saito, e o diretor Administrativo de Agronegócios do Serasa, Marcelo Pimenta.