Notícia
Segurança e privacidade
Serpro compartilha expertise em cultura de proteção de dados no mundo digital

“O Serpro atua no tema da privacidade, proteção de dados e segurança da informação desde antes de vigorar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e sabemos como o tema é importante, não somente para a sociedade e empresas privadas, mas também para o poder público”, afirmou o diretor Jurídico e de Governança e também DPO do Serpro, André Sucupira, no Seminário Segurança e Proteção de Dados no Mundo Digital.
“Consideramos ser fundamental o aculturamento dos usuários, quanto à forma como eles manuseiam seus próprios dados, um desafio que tem se fortalecido nos últimos”, acrescentou o executivo, durante o evento promovido pelo Poder360 nesta terça-feira, 13 de dezembro. A iniciativa teve como objetivo ampliar o debate e apresentar ideias para contribuir com os temas de segurança de sistemas digitais, prevenção a fraudes e fortalecimento das regras e práticas de proteção de dados.
Transações financeiras digitais
O Seminário contou com a abertura do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, que destacou o avanço brasileiro para garantir a segurança no mundo virtual, principalmente com a popularização do Pix, que tem modificado a forma como as pessoas lidam com recursos financeiros.
De acordo com Campos Neto, a instituição espera a criação de uma carteira digital inteligente em até um ano e meio. A ferramenta será um aplicativo “integrador” de diversos dados financeiros, como saldo em todos os bancos e instituições financeiras, além de opções de Pix, débito, crédito, investimentos e outros serviços, como seguros. Na prática, é um aplicativo bancário que inclui os dados dos clientes em todas as instituições financeiras. “A gente precisa de melhorias, ter esse desafio constante, olhar para frente e continuar, porque a gente tem que fazer mais ainda, o tempo está ficando menor. A digitalização é exponencial e a gente não pode perder esse caminho”, declarou.
Investimentos em Governança de Dados
O diretor do Serpro destacou ainda o volume de investimento em governança de proteção de dados e em segurança da informação, com aporte de mais de R$ 60 milhões nos últimos anos. “Não basta ter uma boa implementação, ter um bom sistema de segurança, precisamos ir além e investir também em governança, acelerar o aculturamento interno, estimular que as pessoas façam parte dessa engrenagem, porque se não for assim, não funciona” explica. Segundo André Sucupira, não adianta só custear cursos, é preciso ser provedor do aculturamento do tema, que são ações que apresentam resultados.
O diretor lembrou que, em recente auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o Serpro foi destacado entre as 11 instituições públicas que possuem nível aprimorado em governança de proteção de dados, num universo de 382 instituições avaliadas. "Acreditamos que esse resultado é fruto de diversas iniciativas como, por exemplo, o prêmio que concedemos para iniciativas no tema, ações internas como o engajamento via gamificação, além do recente lançamento do livro ‘Governança em privacidade e proteção de dados’, com conteúdo produzido pelos nossos empregados. Temos que integrar as pessoas às atividades e fazer com que elas compreendam e atuem nos processos de cyber segurança”, completa.
Painel
André Sucupira integrou a mesa de debate “Cultura e Proteção de Dados no Mundo Conectado”, ao lado de Fernando Segovia, advogado investigativo e ex-diretor-geral da Polícia Federal; Raul Moreira, membro das diretorias da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) e da ABBC (Associação Brasileira de Bancos); e Bruno Magrani, presidente da Zetta. Em comum, defenderam a necessidade de investimento em proteção de dados, na formação de uma cultura de proteção para usuários e aprimoramento constante de ferramentais que garantam a segurança cibernética não apenas de sistemas e aplicações, mas principalmente dos usuários.
O Seminário foi transmitido pelo canal do Poder 360 no Youtube