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LGPD
"Para nós, privacidade importa"

O superintendente de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do Serpro, André Gustavo, no dia 19 de outubro, participou de painel da Futurecom que discutiu a cada vez mais estreita relação entre a cibersegurança e a LGPD.
Na ocasião, André apresentou a empresa para os convidados e sua conhecida relação histórica com o governo federal e seus sistemas estruturantes. Em seguida, contou que de alguns anos pra cá o Serpro passou a atender também o mercado privado e que um dos serviços oferecidos é o LGPD Educacional, uma série de cursos feitos em parceria com a empresa europeia Datashield.
O superintendente destacou a importância que o Serpro sempre deu à privacidade e proteção de dados, apontando, inclusive, que antes mesmo de a LGPD ser promulgada, a empresa definiu o direcionamento estratégico de atuar nessa seara, buscando ser líder e referência nessa temática. “E nós podemos dizer que conseguimos alcançar esse objetivo e que estamos atuando fortemente com a LGPD, tanto na adequação da empresa, como na adequação dos produtos, na capacitação dos funcionários, em um programa de governança e, claro, revisando uma série de normas na área de segurança da informação; tanto que recentemente conseguimos uma certificação ISO 27701 do para nosso produto ‘certificado digital’”, anunciou.
Conformidade com a lei
Ao ser questionado sobre como está vendo a adequação à nova lei no país, principalmente a partir do relacionamento da empresa com seus stakeholders, André avaliou que esse processo está em franco crescimento. "A gente sempre conversa com clientes e parceiros sobre o valor de você investir na privacidade de dados. Uma pesquisa da Cisco mostrou que quase 50% dos participantes tinham retorno de mais que o dobro do valor investido em privacidade e proteção de dados. E o Serpro definiu que esse investimento faz parte da estratégia da empresa, pois enxergamos isso hoje como valor. Para nós, privacidade importa. Por isso estamos agregando segurança, proteção e respeito ao direito à privacidade do cidadão. Isso faz parte do nosso negócio”, comentou.
André também fez uma reflexão sobre se o tema seria ou não uma prioridade para a população em geral. Para ele, essa é uma questão cultural que precisa ser trabalhada e com a qual o Serpro se preocupa bastante. “A empresa também ajuda na promoção desse assunto. Por exemplo, estamos desenvolvendo um projeto, que deve ser lançado ainda este ano, para trabalhar em escolas, trabalhar essa conscientização. A ideia é formar o professor do ensino fundamental para que ele possa levar o tema para a sala de aula. Esse vai ser o nosso foco, para que essa geração já comece a vir com essa consciência. Mas há um trabalho muito grande ainda a ser feito para o tamanho do nosso país”, analisa.
Produto protegido
"Para nós, privacidade importa. Por isso estamos agregando segurança, proteção e respeito ao direito à privacidade do cidadão. Isso faz parte do nosso negócio"
Outro ponto importante abordado pelo superintendente do Serpro foi a importância de se considerar questões relativas à privacidade e proteção de dados desde os primeiros estágios de inovação numa empresa. Ele deu um exemplo de um carro antigo que foi desenvolvido na Europa e que quando foi levado para os EUA, que tinha uma legislação diferente sobre segurança, fez-se necessária a substituição do para-choque por uma peça que não tinha sido feita pensando no projeto original e o resultado ficou horrível. “Você podia ver literalmente o produto ‘com a proteção’ e esse é o problema que a gente vê muitas vezes na inovação. O pessoal tem a ideia, começa a desenvolver e uma hora ou outra a LGPD vai ter que entrar no projeto. E se só entrar na hora que vai lançar o produto, você vai acabar colocando um para-choque horroroso. Será um produto com proteção, quando na verdade ele precisaria ser um produto que nasce protegido”, completou.
Participantes
André Gustavo participou do painel mediado por Fábio Ferreira, da Lozinsky Consultoria, e ao lado de Diana Troper, da Único. Durante a manhã do mesmo dia, o Serpro esteve presente em outro painel na Futurecom: o gerente de Produtos de Biometria da empresa, Rafael Ando, exerceu a moderação em atividade cujo tema foi “a conectividade por trás do cashless” e reuniu Pedro Anísio e Carlos Gazafi, da Sem Parar; Carlos Santos, da Raízen; Gaspar Lins, da Digio; e Leandro Mattos, da Mastercard.