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Governo Digital
Superintendente do Serpro, Alexandre Ávila, apresenta os vários passos rumo à transformação digital no governo

A manhã do segundo dia do VII Fórum Nacional de Transferências da União foi marcada pela palestra do superintendente de Relações com o Governo do Serpro, Alexandre Ávila, que abordou os passos da jornada de transformação rumo ao governo digital.
O primeiro deles é rever os ecossistemas para se evitar que o serviço público seja simplesmente transferido para um ambiente digital. “Transformação digital é diferente de digitalização. Se você se limita a migrar o serviço sem pensar em uma reestruturação, corre um forte risco de estar apenas transferindo a burocracia para um ambiente online”, explicou Ávila.
O segundo passo é fomentar novos modelos de negócio. “Hoje, já temos a ideia de que toda a política pública passa pelo digital, o que traz novas oportunidades de geração de valor”, afirmou o superintendente. Como exemplo recente, temos o auxílio emergencial que, implementado durante a pandemia, foi todo viabilizado usando meios digitais.
Uma terceira etapa é fortalecer os canais de venda. Não só os vários market places, mas também sites e redes sociais são canais de venda dentro dos ecossistemas para promover a transformação digital. “O cliente não é apenas o governo, mas também o cidadão”, lembrou Ávila.
Por último, deve haver monitoramento e revisão do modelo de serviço digital. Como acontece em todo grande projeto, é utilizado o chamado “PDCA” (planejar, fazer, checar e agir). Essa metodologia traz uma série de procedimentos destinados à melhoria contínua de produtos, pessoas e serviços, que inclui testes de soluções, análise de resultados e melhoria de processos.
133 milhões de cadastros
A partir desses passos, o Serpro vem promovendo a transformação digital do país. O maior exemplo desse processo é o Gov.br que, nos últimos quatro anos saltou de 4 milhões para 133 milhões de cidadãos cadastrados. Dessas contas, 40 milhões já tem nível ouro e prata, ou seja, já possuem uma validação facial realizada, seja pela CNH digital ou pelos dados biométricos do TSE. “O desafio agora é aumentarmos o número de contas ouro e prata, já que a maioria, cerca de 90 milhões, ainda é padrão bronze e a falta de dados biométricos acaba por limitar o acesso a alguns serviços digitais”, acrescentou Ávila.
Apesar disso, a tecnologia do gov.br já tem trazido a segurança necessária para a realização de políticas púbicas. A tecnologia de validação da plataforma, por exemplo, foi utilizada no “Valores a Receber” do Banco Central, uma devolução de valores que, há apenas alguns anos, teria levado a uma corrida aos bancos.