Artigo
INTEGRAÇÃO
Um sistema só não faz verão
Estamos imersos em um oceano de sistemas. E-mail, redes sociais, compras online, streaming de vídeo, web banking, trabalho remoto e medicina a distância. Nenhuma dessas inovações funciona sozinha, todas dependem da integração de uma miríade de softwares e bancos de dados invisíveis aos olhos do usuário final. E o nome da cola que permite essa união bem-sucedida entre diferentes aplicações tem três letras: API.
A sigla refere-se ao termo em inglês “Application Programming Interface” que significa, em tradução para o português, “Interface de Programação de Aplicação”. Na prática, é um conjunto de rotinas e padrões de programação utilizado para que as diversas funções de um sistema ou plataforma web possam ser utilizadas em outras aplicações. Para mais detalhes sobre essa tecnologia, faça o download do whitepaper gratuito “API, o que é e como funciona”.
Integração total
Sabe quando você vai comprar um pacote de viagem e indica o destino, a data de partida e de retorno? Pois é, são as APIs que fazem a integração entre a plataforma da agência com os sistemas dos hotéis e das cias aéreas. Tudo para você conseguir montar seu pacote com apenas um clique e pagar só uma vez, sem necessidade de contatar cada um dos prestadores de serviços envolvidos na operação.
“As APIs são um padrão amplamente conhecido para integrar sistemas, possibilitando benefícios como a segurança dos dados e facilidade no compartilhamento de informações entre diferentes tecnologias. A partir do surgimento dessa tecnologia, o mundo entrou na era da troca de informações em tempo real, o que possibilitou um crescente ecossistema de novos negócios digitais”, destaca Carlos Henrique Rodrigues, gerente de Governo Digital do Serpro.
Como era o mundo antes das APIs?
Antes do uso de APIs, explica Carlos Henrique, o que mais se utilizava para a comunicação entre aplicações web era transferência de arquivos via FTP, um processo mais sujeito a erros e desatualização de dados, já que acontecia de forma periódica e não em tempo real.
“Aqui no Serpro posso dar o exemplo do Siafi, solução que gerencia todas as operações financeiras do Governo Federal, movimentando bilhões de reais por dia. Havia um sistema para controlar o upload e o download dos arquivos. Um processo batch rodava em período noturno e a informação só seria obtida após o download do arquivo gerado no processamento no dia seguinte. E se fosse identificada alguma falha no processamento, deveria ser feita uma nova solicitação e esperar o dia seguinte para o arquivo com a informação completa”, relembra o gerente.
Quando surgiram as primeiras APIs?
Pode-se dizer que o primeiro caso de sucesso de web API aconteceu no ano 2000, quando a Salesforce identificou a necessidade de seus clientes em compartilhar dados através de diferentes aplicações. A solução desenvolvida pela empresa na ocasião continua sendo uma referência de boas práticas no segmento.
De lá pra cá, o uso de APIs cresceu exponencialmente, suportando toda evolução proporcionada pela computação em nuvem e pelo uso de aplicativos móveis, possibilitando o surgimento de novos serviços e modelos de negócios na economia digital.
O setor público não ficou de fora e aproveitou o impulso da tecnologia para acelerar projetos de transformação digital e governo eletrônico. No Serpro, o uso de APIs ganhou tração em 2014, quando passou a ser a principal forma de integração para novos serviços, substituindo o padrão anterior. E, em 2017, alcançou novo patamar com o lançamento das primeiras APIs voltadas para o setor privado.
Uma biblioteca de APIs para o mercado
Hoje, o Serpro disponibiliza informações para entidades públicas e privadas através da sua Plataforma de Inteligência de Negócios (PIN), que promove a automatização do acesso, via APIs, a diversas bases governamentais, como CNPJ, CPF, Nota Fiscal Eletrônica e Siafi.
Todas as consultas desta plataforma encaixam-se em qualquer tipo de aplicação, sejam sistemas web ou processamentos automatizados, sempre atendendo aos requisitos de segurança e fornecendo dados confiáveis para melhoria do ambiente de negócios do país.
Destaque também para os serviços que facilitam processos de identificação online e onboarding digital, como o Datavalid, Biovalid e Vio, que utilizam APIs em sua arquitetura e garantem mais segurança contra golpes e fraudes.