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MERCADO INTERNACIONAL
Consulado brasileiro em Chicago promove webinar sobre segurança digital e biometria

O consulado brasileiro em Chicago promoveu um webinar sobre biometria e proteção de dados. O evento, que aconteceu na última quinta-feira, 18, reuniu a especialista do Serpro, Juliana Bastos e Madalin Dumitru, CEO de uma empresa de segurança da informação da Romênia. Juliana tem experiência de mais de uma década no desenvolvimento de sistemas de governo, enquanto que Madalin já deu entrevistas sobre segurança de informação a veículos como NBC, USA Today e Fox News.
A discussão se deu sobre as vantagens e desafios do uso da biometria como ferramenta de validação. Por um lado, esse tipo de autenticação é rápida e conveniente, sendo, a princípio, mais difícil de ser falsificada. Por outro, caso ocorra algum vazamento, não há como trocar o dado biométrico, como acontece com uma senha alfanumérica. “Há um caso que aconteceu com a ministra da defesa alemã, em que hackers conseguiram reproduzir sua impressão digital a partir de uma foto na internet. E na era em que vivemos, a das redes sociais, nossos rostos e informações estão espalhados pelo mundo inteiro”, alertou Madalin Dumitru.
Seis unicórnios
“Por isso é importante combinarmos tecnologias, fazendo uso de mais de um fator de autenticação. Não existe mais espaço para se utilizar apenas uma senha para tudo”, ponderou Juliana Bastos. Segundo a analista da Divisão de Negócios para Mercado Internacional do Serpro, a solução de validação da empresa, o DataValid, que oferece opções de biometria, já está sendo utilizada por 250 clientes em todo o mundo. Seis deles unicórnios, ou seja, empresas de tecnologia avaliadas, antes da abertura do capital na bolsas de valores, em mais de um bilhão de dólares.
Só com autorização
De acordo com os participantes do seminário, algumas cidades como São Francisco e Nova York já estão editando normas que regulam a coleta de dados em ambientes como shopping centers, restaurantes e lojas. “No caso do Brasil, só efetuamos a coleta com a autorização expressa do titular”, explicou Juliana. É o caso, por exemplo, dos viajantes que fazem o embarque por biometria nos aeroportos ou dos motoristas de aplicativo que, para garantir a segurança dos passageiros, fazem validações faciais periódicas.
Também é possível que o próprio cidadão brasileiro faça o gerenciamento de como o governo pode utilizar os seus dados. Para isso, basta entrar no portal Privacidade do Cidadão. O ambiente reúne, numa lista, todos os pedidos de consentimento para uso de dados realizados pelas empresas que tenham aderido à Plataforma LGPD do Serpro. A autorização poderá ser retirada a qualquer momento. Basta utilizar a funcionalidade “permissões”.