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Auditoria
Administração pública brasileira investe na capacitação de auditorias

Segundo uma estimativa da Controladoria-Geral da União (CGU), a administração pública brasileira pode estar perdendo, anualmente, R$ 200 milhões devido a corrupção e R$ 500 milhões por ineficiência. Daí a importância das auditorias de órgãos e entidades governamentais atuarem não só na repressão, mas também na prevenção de falhas. É uma perspectiva que toma a ideia de controle como valor, aumentando a segurança do gestor e contribuindo para a melhoria do serviço público.
Essa foi a proposta apresentada nesta segunda-feira, 9, no Seminário de Auditoria Baseada em Risco. O evento foi promovido pelo Serpro e Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e contou com o apoio do Banco Mundial (Bird), a Controladoria-Geral da União (CGU) e as controladorias estaduais. Na abertura, foi enfatizada a importância dos processos de planejamento e prevenção, além da qualificação dos gestores. Para promover essa formação, o Serpro vai lançar, com o apoio do Bird, um material de ensino a distância.
“É uma mudança de paradigma”, anunciou o presidente do Conaci, Leonardo Ferraz. Segundo Leonardo, a face repressiva da auditoria é garantida por vários marcos regulatórios estáveis, sendo os mais recentes o Estatuto das Empresas Estatais e a Lei de Corrupção Empresarial. A novidade agora seria a promoção da eficiência, com ênfase na capacitação e planejamento estratégico.
Durante a tarde do evento, representantes do Serpro apresentaram um seminário sobre a atuação e responsabilidades das "três linhas de defesa", modelo criado pelo Instituto de Auditores Internos (IIA). Também explicaram a importância da integração e reciprocidade entre essas linhas, sempre em busca de um gerenciamento de riscos mais eficiente, eficaz e efetivo.