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Educação
Serpro retoma o projeto Menina de TI
O Serpro deu início, nesta segunda-feira, dia 7 de maio, a duas novas turmas do "Menina de TI", projeto que busca estimular o interesse na área de tecnologia em jovens mulheres. A ação é voltada a alunas e alunos da rede pública e privada, jovens aprendizes, além de filhas e netas de empregados.
"Atualmente, a proporção de homens e mulheres que ingressam em cursos de tecnologia, como Ciência da Computação e Engenharia de Redes, ainda é bastante desigual. Menos de 15% dos alunos da área de tecnologia das principais universidades do Brasil são mulheres", afirma Valéria Silva, da área de Relações Institucionais do Serpro. De acordo com ela, esses dados sobre o ingresso nas universidades acabam refletindo no mercado de trabalho. No Serpro, por exemplo, dos sete mil empregados que atuam nas diversas áreas da empresa, somente 2,2 mil são mulheres, cerca de 31% do total.
"E é para mudar estatísticas como estas, estimulando o interesse de meninas pelo setor de tecnologia, que a empresa dá continuidade ao projeto. Este ano, a novidade do Menina de TI é a parceria com o Projeto Codificando o Presente para Desenvolver o Futuro, desenvolvido pela Responsabilidade Social e Cidadania do Serpro. Por meio da parceria, os participantes aprenderão como desenvolver jogos, histórias interativas, animações e aplicativos, utilizando as ferramentas de desenvolvimento lúdicas e de código aberto Scratch e App Inventor", anuncia Valéria.
Mulheres que inspiram
Além da parte prática, que conta com carga horária de 36 horas, um dos pontos altos da programação são as palestras e rodas de conversa sobre a carreira com as profissionais do Serpro. "Foi uma imensa satisfação poder falar sobre minha trajetória para jovens que estão prestes a entrar no mercado de trabalho. Esse projeto é uma importante iniciativa de inclusão social e digital. Muitos dos jovens que participam sequer sabem o que a sigla TI significa. De certa forma, me identifiquei com eles, porque na idade em que escolhi cursar Ciência da Computação eu não tinha a menor ideia do que era esse curso. Durante nossa participação, procuramos quebrar um pouco do estigma de que o segmento é mais para garotos e mostramos, com o nosso exemplo, que as garotas podem se dar muito bem nessa área", destacou Maria Cecília Veloso, desenvolvedora de sistemas do Serpro em Belo Horizonte.
Nathaly Alves da Silva tem 18 anos e está no ensino médio em Curitiba. Ela ainda não se decidiu sobre qual curso universitário vai tentar no fim do ano; as opções consideradas vão de Letras à Administração. Mas o Menina de TI fez com que ela olhasse com mais carinho para as opções de tecnologia. "No começo eu fiquei meio insegura de fazer esta atividade, por não ter conhecimento prévio. Mas eu pretendo sim, considerar algum curso na área de tecnologia como opção", disse.
A estudante Ester Louise Martins, de 17 anos, é uma das alunas do projeto na capital mineira e nunca tinha tido contato com programação de sistemas. "É uma novidade pra mim. Aqui no Menina de TI eu pude aprender que as mulheres foram as primeiras nessa área de programação. E fico contente em perceber que elas estão reconquistando esse espaço, que minha geração faz parte disso", completou.
Pelo Brasil
Belo Horizonte e Curitiba promovem as duas primeiras turmas de 2018 do projeto. A partir do dia 16 de maio, professores da rede pública do Distrito Federal serão capacitados em Brasília para disseminar esse conhecimento entre seus alunos. Em breve, o Menina de TI estará ativo em todas as onze regionais do Serpro.