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Gestão a toda hora
ERP: para cenários de crise e de crescimento
No último dia 1°, o IBGE divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 1% em relação a 2016, após duas quedas, ambas de 3,5%, em 2015 e 2016. Uma série de fatores interferiu para que ocorresse essa recuperação - mesmo que modesta, como dizem os especialistas - na economia brasileira. Um deles, certamente, foi o investimento em tecnologias que pudessem ajudar no enfrentamento da crise.
Para a Fundação Getúlio Vargas, investir em Tecnologia da Informação é um diferencial em tempos de ruptura. O 28º Estudo Anual do Uso de TI, por exemplo, estimou que o investimento em tecnologia para 2017, apesar das turbulências políticas e econômicas no Brasil, permaneceria em 7,6%, o mesmo número registrado em 2016, 2015 e 2014. A FGV também atesta, em seus estudos bienais, que cada 1% de investimento em TI reverte em 7% de lucro para as empresas que apostam nisso.
E umas das apostas tecnológicas das empresas continua sendo o ERP: Enterprise Resource Planning, ou Sistema de Gestão Empresarial. Resumidamente, um ERP é um software que integra todos os dados e processos de uma organização em uma solução integrada. “É uma ferramenta que vem, ao longo dos anos, sendo aprimorada. Antes, era algo monolítico, um ‘pacotão’ de módulos que deveriam ser implantados todos juntos. Hoje, a tendência é termos um sistema ERP, tanto no modelo on-premise ou na nuvem, com módulos autônomos. Uma empresa pode, por exemplo, comprar um módulo para gestão de patrimônio, que é uma commoditie de mercado, e integrar esse módulo a um sistema de estoque que ela já use e considere importante manter para preservar seus processos de trabalho”, explica o gerente do Serpro Rodrigo Mendes, da equipe responsável por implementar a tecnologia ERP na empresa. "É preciso sensibilidade para internalizar uma solução ERP que, se bem implantada, promove uma revisão positiva nos processos, ‘mexe’ com a empresa e traz, assim, essa visão de gestão empresarial integrada”.
A premissa de um ERP é ofertar uma visão integrada e, ainda, facilitada. Isso significa permitir que gestores e funcionários da organização visualizem as informações corporativas em interfaces orientadas a serviços, processos administrativos, segmentos de negócio. “A ideia é oferecer a tarefa, para o usuário final, de uma maneira mais palatável. Para, em vez de ter que saber o nome de cada sistema, ele pesquisar apenas ‘agendar férias’ e já aparecer o link de acesso à atividade que ele busca", explica o gerente.
Mendes, que é ainda titular de Gestão de Soluções Corporativas no Serpro, conta sobre a vivência da empresa em relação ao ERP: “Estamos numa fase de transição. Nosso desafio agora é trabalhar nisso de falarmos menos em sistemas, e mais em processos, tanto junto aos empregados como às lideranças, para que esses possam enxergar melhor os processos e tomar as decisões”, compartilha ele.
Se é em prol da gestão, também é pro governo
A tecnologia ERP é usada há décadas por companhias de grande porte no mundo. Porém, por mais que a palavra "empresarial" remeta mais, talvez, ao setor privado e por mais que a solução tenha, de fato, surgido como uma necessidade desse setor, as instituições de governo também vislumbraram, na tecnologia, um nicho interessante. “Serpro, Dataprev, Banco do Brasil e outros entes têm percebido que são grandes organizações que se comportam, em muitas etapas de seus processos de negócio, como qualquer outra empresa do mercado privado", reforça Rodrigo.
Pode-se dizer que essa comparação vale, inclusive, quando se trata de como lidar com períodos de crise ou cenários de crescimento. Seja em qual contexto for, investir em tecnologia continua sendo uma das peças-chave, como citou a FGV e comentam outros consultores do setor. Pensando nisso, o Serpro realizará, ainda este ano, uma licitação para adquirir um ERP financeiro que vai ajudar a empresa a lidar com diferentes cenários, seja ele de retração ou de crescimento.
“Antigamente, a carteira de clientes do Serpro era na ordem de dezenas, e somente de membros do governo. Atualmente, a empresa está em outro patamar, com centenas de clientes, entre eles, do mercado privado. O volume de atividades financeiras aumentou e, por isso, é preciso modernizar os processos, estruturá-los de forma robusta, para trazermos mais eficiência operacional, economicidade e agilidade", avalia Rodrigo Mendes.
poderá navegar pela plataforma, que traz customização com 'Favoritos'
Como consequência disso, acrescenta o gestor, ganha o governo, e ganha o cidadão. "Se melhoramos a gestão interna, isso reflete no que entregamos a quem interage conosco, em situações como acompanhamento de contratos, emissão de notas fiscais, pagamento de boletos, entre outros serviços ofertados com suporte do Serpro. O uso de ERP, por gerar economicidade e melhor gestão de recursos públicos, é uma forma de prestar contas à sociedade e, ainda, de prestar um melhor serviço ao cidadão", complementa.
Vale lembrar que para propiciar a integração, entre as ferramentas que serão adquiridas no mercado com as já existentes na empresa, o Serpro já aplica sua expertise para construção de uma suíte de soluções corporativas (imagem acima, à dir.): "Ela tem como objetivo compor uma visão unificada de todos os segmentos e processos de negócio a partir dos respectivos sistemas e soluções existentes atualmente, favorecendo o fomento de um ERP. Isso permite uma melhor compreensão das ferramentas disponíveis em nossa empresa”, finaliza Fabiano Graça, da equipe de desenvolvimento da plataforma que, em breve, terá uma primeira versão lançada na empresa.