Notícia
Inovação
E aí, você que produz softwares, vai ficar de fora dessa?

A “fantástica fábrica de softwares”: é assim que a Plataforma como Serviço (PaaS) é tida, carinhosamente, por muitos especialistas do país e do mundo. Inclusive por profissionais do Serpro, que já destacaram que chegar ao nível de plataforma significa estar habilitado para a transformação digital que exige, cada vez mais, qualidade e agilidade na prototipação, desenvolvimento, teste e implantação de softwares.
Essa transformação digital, com suporte da PaaS, já está a todo vapor. De acordo com o Gartner, as plataformas como serviço devem movimentar, em 2018 e em todo o globo, cerca de US$ 14,2 bilhões só com nuvem pública (compartilhada por diversas empresas). Para 2020, a empresa de pesquisa em TI estima que esse valor deve saltar para US$ 20,8 bilhões.
Isso significa que a PaaS se consolida na rotina de empresas de TI, privadas e públicas, e no ambiente de trabalho dos profissionais de desenvolvimento e de operações. Ou seja, pelo que as tendências indicam, é uma onda gigante que, ou quem produz software a domina, com sua “prancha” de ferramentas rumo ao futuro, ou vai ser engolido por ela e ficar para trás… E, então, qual será a sua escolha?
Helder Ribeiro, por exemplo, já optou. Ele está antenado à Plataforma como Serviço e conta como foi ingressar, como desenvolvedor, nesse universo da plataforma que, no Serpro, é batizada de Estaleiro. Assista ao vídeo:
Planejado para o DevOPs, de casa e de fora
O Estaleiro, citado no vídeo acima, é a Plataforma como Serviço criada especialmente pelo Serpro. Assim como grandes empresas privadas do mercado de TI, que oferecem soluções nos três principais níveis de nuvem - SaaS, IaaS e PaaS -, o Serpro, maior empresa pública da América Latina, também oferta serviços nesses três níveis. Mas é no Estaleiro, com sua infraestrutura de hardwares e softwares automatizada, orquestrada e munida de autosserviços, que se concretiza o conceito de DevOps, uma forma de trabalho que explora a integração entre desenvolvedores de software e profissionais de operações de TI, visando acelerar as entregas com um elevado grau de qualidade. São esses profissionais, em conjunto, que propiciam que o ambiente da PaaS fique o mais próximo possível das necessidades de todas as áreas de TI envolvidas desde o nascimento até a manutenção segura de um serviço ou software.
“Isso é DevOps, e é Ágil. A velocidade com que as equipes conseguem entregar as soluções é um dos destaques do Estaleiro. Não dependemos de várias áreas de infraestrutura, ou do ‘ok’ de alguém para que um profissional comece, por exemplo, a desenvolver um software no mesmo local que esse produto será hospedado”, frisa Ricardo Katz, gerente de Engenharia de Nuvem e Automação. “E a empresa vai, cada vez mais, produzir sistemas, inclusive os chamados estruturantes, dentro dessa plataforma que usa Open Source customizado para o governo, mas que não deixa ter o que Google, Amazon, Netflix e outras empresas do mercado propiciam", acrescenta Katz, que atua entre os profissionais “Ops”, no Serpro. Já Welsinner Brito, que fala a seguir, trabalha na parte dos “Dev”, na empresa.
“O projeto citado pelo desenvolvedor Helder, no vídeo, trata do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN e é um primeiro sistema estruturante a ser desenvolvido completamente dentro do Estaleiro. E outros virão! Estamos empenhados para que as mais de 200 equipes da Superintendência de Desenvolvimento possam usar a plataforma, em uma migração guiada, com capacitações e orientações”, ressalta Welsinner, que é gerente do Departamento de Arquitetura e Tecnologia de Desenvolvimento de Soluções de Software, na Supde. “Certamente a PaaS é uma ferramenta que nos ajudará a atingir as metas estratégias da empresa, que são, para 2018: reduzir em 15% o tempo de atendimento e aumentar em 15% a qualidade das soluções sob medida feitas por nós”, finaliza.
Vale reforçar que é possível ter, no Estaleiro, tanto um sistema "sob medida" - que é construído a partir de pré-requisitos definidos pelo cliente, especialmente os de governo - como um produto multicliente, ou seja, aquele que pode ser oferecido a diversos interessados, a exemplo do sistema Radar, voltado para gestão de infrações de trânsito, e do acesso às APIs de consulta às bases do CPF e do CNPJ, atualizadas pela Receita Federal e armazenadas pelo Serpro.
Há ainda a proposta de que desenvolvedores externos, do setor público ou do privado, possam acessar diretamente o próprio Estaleiro para desenvolver, dentro da plataforma, as soluções que precisarem. "Existe cliente do Serpro, antenado nas evoluções tecnológicas, que já testou, aprovou a plataforma e que pretende contratar esse Estaleiro de 'uso público' assim que ele estiver disponível", adianta Ricarto Katz.