Geral
Interoperabilidade
Uma arquitetura para modernizar a "casa do cidadão" nos Estados

Oficina foi realizada na Sede do Serpro, em Brasília
As diversas instituições governamentais do país são, cada uma, a "casa do cidadão". Existem para, de forma eficiente, gerir o bem público e servir os milhões de brasileiros. Focado em alicerçar, modernizar e ampliar a casa do cidadão, o governo idealizou o Facin - Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio à Governança, e o dissemina agora para os Estados: nesta terça-feira, 13 de junho, o framework foi tema de uma primeira oficina, realizada no Serpro, para a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep).
"Um dos objetivos da Associação é promover a colaboração entre os Estados e desses com o governo federal, a partir da interação de sistemas e da reutilização de informações para, assim, valorizar os serviços que os governos estaduais prestam aos cidadãos. Esta oficina é uma grande oportunidade para que as associadas conheçam melhor o Facin e é um marco no que tange à integração entre governos, algo que precisamos prezar e continuar", avalia o vice-presidente de Tecnologia da Abep, Romero Guimarães.
E a integração continuará. A ideia é que Estados adotem o Facin como referência para desenvolver soluções em seus cenários – durante o encontro apontaram uma dificuldade para atacar – e que o framework seja ainda aprimorado com a contribuição dos participantes da oficina, que aconteceu na Sede do Serpro, em Brasília, com videoconferência para as regionais da empresa. A atividade seguirá em mais três encontros (30 de junho, 17 e 25 de julho).
"Já temos um cronograma com outras oficinas. O governo vem discutindo como se conectar, aproveitando o conhecimento dos Estados, e estudando seus estágios de maturidade. Essa troca de experiência traz benefícios para quem mais importa, que é o cidadão. Não ter que 'quebrar a cabeça' sobre como interoperar, esse é o grande ganho do framework", frisou o diretor de Operações do Serpro, Iran Porto, na mesa de abertura.
Marcus Vinícius da Costa, gerente de Integração e Interoperabilidade do Serpro, acrescentou: "Se pensarmos que a arquitetura corporativa é uma cidade, é possível visualizar seu tamanho. E sabemos que não dá para resolver todos os problemas de uma cidade de uma só vez. O mesmo vale para a arquitetura corporativa, pela qual podemos tratar problema a problema e, aos poucos, criar um banco com as soluções encontradas".
Diferente esfera, o mesmo cidadão
A proposta é que a aplicação do Facin gere, às empresas e órgãos estaduais de TI, soluções com alto grau de interoperabilidade, reúso e economia. "Ele pode ajudar a resolver muitos dos problemas de integração que as organizações enfrentam, não só os relacionados à tecnologia, mas ao próprio funcionamento de seus processos. Daqui sairão casos práticos de aplicação do Facin, e o projeto como um todo ganhará força para alçar novos voos, pois a finalidade é quebrar as divisões entre organizações, sistemas e, dessa forma, aperfeiçoar a prestação de serviço ao brasileiro", ressaltou Marcio Braz, secretário de Fiscalização de TI do Tribunal de Contas da União, órgão parceiro do Facin desde o início de sua construção, assim como o Planejamento. "Vale lembrar que estamos falando é de construir soluções para o cidadão, que é o mesmo cidadão, independentemente dele estar consumindo um serviço municipal, estadual ou federal", citou o secretário-adjunto de TI do MP, Angelino Caputo.
Para saber mais sobre o Facin, clique aqui e conheça os documentos que compõem o framework construído por entusiastas do governo, academia, sociedade e organizações especialistas em padrão, como a The Open Group, que também participou da oficina. "Ter uma arquitetura corporativa de interoperabilidade é ter a execução voltada para a estratégia. Faço parte desse consórcio mundial que cria padrões e apoiamos totalmente o Facin, framework que ajudará no uso racional de recursos, sejam eles pessoas, tempo ou dinheiro", endossou o diretor do The Open Group no Brasil, Roberto Severo.