Geral
Tecnologia
Acelerar transformações preservando segurança: desafio da TI

Transformação requer velocidade. Segurança requer planejamento. Como juntar essas duas variáveis? Esse foi um dos temas frequentes em debate realizado no auditório da Caixa Econômica Federal, em Brasília, no último dia 31 de outubro, o Fórum Transformação Digital nos Negócios, Cyber Security. O evento reuniu executivos e especialistas dos segmentos público e privado, para troca de experiências sobre a chamada revolução digital.
O Serpro participou com a presença da diretora-presidente Glória Guimarães na mesa de abertura. Também foi representado em mediação do Diretor de Operações, Iran Porto Júnior e com apresentação de Ulysses Machado, responsável pela Coordenação Estratégica de Segurança da Informação, Cegsi.
Todos os pratos girando
Ulysses Machado ressaltou a importância de se reunir com a comunidade de especialistas, avaliando que ainda há muito o que conquistar em termos de segurança. “Aqui no Brasil, em termos gerais, de mercado, ainda temos de atingir um estágio de maturidade. A convicção de que o ‘como’ se faz é tão importante quanto ‘o que’ se faz ainda não está introjetada”, aponta. “No Serpro, temos espaço, temos meios, uma coordenação estratégica ligada diretamente à presidência. É fundamental perceber que segurança tem a ver com aquela imagem de um chinês colocando os pratos para girar em cima de várias varetas, ao mesmo tempo. Não adianta girar um prato só e começar a andar. Tem que ter planejamento; planejar é trabalhar. Quando se concebe planejamento como atraso do trabalho se constrói um discurso do equívoco”, ressaltou.
Em diversos momentos do evento foi citada essa necessidade de cuidar da segurança desde a etapa do desenvolvimento. Para Marcelo Eisele, da Microsoft, fazer algo diferente seria como olhar um atleta se exercitando na esperança de ganhar boa forma. “Tem que haver dedicação contínua para que não se perca o investimento lá na ponta”, destacou Eisele, especialista em blockchain.
Poupança em bitcoins
Para Andréa Fodor, da Cisco, o desafio de conciliar transformação com segurança está na mudança de pessoas e processos. “A tecnologia é apenas o meio. Mas a transformação está em toda parte, e é preciso ter noção de que ela ocorre hoje em um ritmo que caracteriza o que alguns já chamam de era da hipervelocidade”, ressaltou. “Quando a eletricidade foi criada, demorou 46 anos para que 25% da população americana tivesse acesso à eletricidade. Já a utilização de celular demorou sete anos, a web muito menos. As transformações acontecem em ritmo cada vez mais rápido”, disse a especialista.
Andréa também relatou que quando seu primeiro filho nasceu, há 17 anos, ela abriu uma caderneta de poupança para garantir o futuro do recém-nascido. “Quando minha outra filha nasceu, há quatro anos, comprei uma quantidade de moeda bitcoins com a mesma intenção de fazer poupança. O mundo vai se transformando rapidamente. Nosso desafio é acompanhar esse ritmo”, ressaltou.