Notícia
Ser ESG
Compromisso com um presente sustentável
Matéria publicada na Revista Tema — Edição 239 - Fev/2025
Imagine um mundo sem água potável em que as pessoas precisem fugir de suas casas para sobreviver à sede. Imagine também famílias inteiras forçadas a abandonar suas casas, escapando de enchentes ou incêndios devastadores. Cenas como essas são parte do cotidiano de muitos, e o planeta grita por socorro, dando sinais em toda parte.
Na Antártica, cientistas alertam sobre o rápido avanço da cobertura vegetal em uma das regiões mais frias do mundo. A área coberta por vegetação passou de menos de 1 km² em 1986 para quase 12 km² em 2021, equivalente a quase três vezes o tamanho do Parque da Cidade, em Brasília, com seus 4,2 km². Esse “esverdeamento” da Antártica é um reflexo direto do aquecimento global.
No Brasil, as consequências dessa crise são também alarmantes. Em 2024, incêndios consumiram 22,38 milhões de hectares. Mais da metade dessa área devastada estava na Amazônia, um bioma vital para o equilíbrio climático global. Além das florestas, terras indígenas foram severamente impactadas, com 3 milhões de hectares queimados, comprometendo não apenas o meio ambiente, mas também a subsistência e a cultura de povos originários.
Assim como quase toda a população do Rio Grande do Sul, o Serpro também foi impactado pelas terríveis enchentes ocorridas no estado em abril e maio de 2024. A regional da empresa em Porto Alegre, localizada a cerca de 1 km da orla do Rio Guaíba, foi bastante inundada. E muitos dos profissionais da empresa tiveram que deixar suas casas na cidade.
O compromisso do Serpro com o meio ambiente e com as pessoas
Diante dessa realidade, o Serpro, uma empresa pública de tecnologia, reconhece seu papel na mitigação da crise ambiental. “Mais do que um compromisso com o planeta, a empresa entende que cuidar do meio ambiente é cuidar das pessoas. Sem um planeta saudável, não há condições para garantir qualidade de vida e prosperidade para as futuras gerações”, afirma o presidente Alexandre Amorim.
No âmbito do Projeto Estratégico Ser ESG, o eixo ambiental guia ações que buscam reduzir impactos ambientais e promover uma economia mais verde e sustentável. Alinhado ao Acordo de Paris, o Serpro assumiu a meta de reduzir 27,5% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030, contribuindo para os esforços globais de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC.
Além disso, o compromisso ambiental do Serpro foi recentemente reconhecido com o Selo Prata do GHG Protocol, um programa de relevância internacional que certifica as organizações pelo monitoramento de suas emissões de GEE. Essa distinção é um passo importante para a obtenção do Selo Ouro, ao qual a empresa agora almeja, e para a conquista da certificação em ESG pela norma ABNT PR 2030.
“Ao longo de seus 60 anos de história, o Serpro tem demonstrado que inovação e compromisso social podem andar lado a lado. A implementação do projeto Ser ESG é mais uma prova disso, reafirmando que é possível conciliar desenvolvimento tecnológico e preservação ambiental. Temos planos de ações que, além de questões sociais e de governança, está preocupado com a migração para uma matriz energética renovável e a eficiência energética, refletindo ainda o compromisso da empresa com na prestação de serviço para seus clientes”, ressalta a coordenadora do Ser ESG, Valeria Silva.
Ações que fazem a diferença
As emissões de gases pelo Serpro estão majoritariamente associadas ao consumo de energia elétrica. Por isso, dentre as iniciativas em destaque, está a migração para uma matriz energética renovável. O projeto de mudança do modelo de compra deve ser efetivado em 2025, com a consolidação da aquisição a partir de fontes limpas, sem emissão de gases poluentes, como a solar e eólica, no mercado livre de energia.
A empresa também já opera quatro usinas solares em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, que serão ampliadas nos próximos anos. Todas essas iniciativas contribuem para a redução da dependência de fontes fósseis, que geram gases poluentes, sem contar a economia proporcionada. “O desafio para 2025 é a busca pela autossuficiência em produção de energia com uso de fontes renováveis, que é fator fundamental para um futuro sustentável”, relata o diretor de Administração e Finanças do Serpro, Osmar Quirino.
Além disso, o Serpro tem investido em eficiência energética, com ações como a modernização de sistemas de climatização e substituição de lâmpadas por modelos LED. Essas medidas reduziram o consumo de energia em 22% desde 2019, mesmo com o aumento da demanda por serviços tecnológicos. Nesse contexto, também gerou impacto o quantitativo de profissionais em trabalho remoto, incluindo a modalidade híbrida, que é parcialmente presencial.
Outra frente de atuação é a substituição dos equipamentos de refrigeração por opções mais modernas, impedindo o vazamento de gases de efeito estufa. O plano do Serpro é a substituição, em 2025, de todos os aparelhos do tipo split que utilizam o gás R-22 existentes nas instalações da empresa.
A visão do Serpro é clara: responsabilidade ambiental e social são dois lados da mesma moeda. “Quando a empresa investe em práticas sustentáveis, está também protegendo as condições de vida das pessoas que dependem de um planeta saudável”, destaca a superintendente de Gestão Logística, Elayne Dal Col.
Soluções tecnológicas para um futuro sustentável
O compromisso do Serpro com o meio ambiente também está refletido na prestação de serviço para seus clientes. A Plataforma CBio, desenvolvida para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sustenta o programa RenovaBio ao facilitar a emissão de Créditos de Descarbonização, incentivando o uso de biocombustíveis.
O Programa ABC+ do Governo Federal trabalha, desde 2010, pela implantação de 14 tecnologias que reduzirão drasticamente a emissão de gases pelo setor agropecuário brasileiro. Destaque para a plataforma AgroBrasil +Sustentável, concebida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Embrapa e com o Serpro, que visa integrar informações de bancos de dados e instituições governamentais de modo organizado, rastreável e confiável sobre a produção agropecuária sustentável no Brasil.
O Painel de Gestão Madeireira é mais uma iniciativa relevante, ferramenta digital construída para o Ibama, que promove a transparência na cadeia produtiva de produtos florestais, essencial para combater o desmatamento e a exploração ilegal. Essas tecnologias não apenas reduzem emissões de GEE, mas também fortalecem a capacidade de gestão ambiental no Brasil, criando um impacto positivo tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade.
“Com ações firmes e metas claras, o Serpro não apenas cumpre seu papel como empresa pública, mas também busca inspirar outras organizações a se unirem na luta contra a crise climática. Afinal, um futuro sustentável depende de todos nós”, conclui o presidente Alexandre Amorim.