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'Queremos reunir as comunidades'
Na semana passada, foram divulgados os principais destaques da programação. Segundo o diretor Marcelo Branco, o filé mignon será a área com tecnologias futurísticas e a de mobilidade. Mas haverá espaço para várias tribos: de robótica a programação e de games a astronomia. 'Queremos reunir todas as comunidades da internet', disse ao Link.
Qual é o público esperado?
Já temos 2,7 mil inscritos. No evento original, na Espanha, só podem entrar maiores de 18 anos. No Brasil, será diferente. Os internautas daqui são mais jovens. Por isso, pode acampar quem tiver a partir de 12 anos, com autorização dos pais e acompanhado de uma pessoa maior de idade. Achamos que esse será o público principal.
E as novidades da versão brasuca?
Há coisas novas, para tropicalizar. Teremos uma área para música. E uma para blogs, já que há uma grande comunidade de blogueiros. Também haverá baladas com DJs e VJs e instalações artísticas. Os brasileiros são mais extrovertidos e ligados em redes sociais.
Na Espanha, a área com mais participantes era a de games. No Brasil, qual deve ser?
A de software livre, pois há uma comunidade grande. E a de games, que sempre tem muito público. Até agora, de acordo com as inscrições, são as maiores áreas. E teremos uma novidade: haverá mais mulheres do que na Espanha.
Qual é o objetivo do evento?
Queremos reunir comunidades das mais diversas, entre blogueiros, programadores, interessados por robótica, cultura livre... A idéia é juntar tudo o que se discute separadamente e trazer para um lugar só. No fim, queremos ser um espaço para reflexão do que ocorre hoje no País. Mesmo com problemas sociais e de infra-estrutura, somos líderes em diversas áreas: software livre, discussão sobre cultura digital, competições de robótica... O Brasil perdeu o bonde da Revolução Industrial, mas, na nova sociedade em rede, somos de ponta. Temos de aproveitar o momento.
O Parque do Ibirapuera fecha às 24h. E há a lei de silêncio na cidade de madrugada. Como vocês estão contornando isso?
Depois da meia-noite, com o parque fechado, só dá para sair em casos especiais. Na Bienal, o evento rola 24h por dia. Quanto ao ruído, só iremos fazer baladas em locais com isolamento acústico, para o som não vazar.
O Estado de S. Paulo – Tecnologia, 21/1/2008