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Mercado de TI já chega a US$ 20,4 bi
O mercado brasileiro de informática cresce fortemente, impulsionado pelo câmbio favorável e pelo desempenho da economia. Em 2006, a receita liquida das empresas de tecnologia da informação somou US$ 17,7 bilhões no Pais, um crescimento de 18% sobre o ano anterior, segundo o Anuário Informática Hoje 2007. Este ano, deve ficar em pelo menos US$ 20,4 bilhões. A consultoria IDC prevê uma expansão acima de 15% para as compras de tecnologia no Brasil.
A maior empresa de informativa do Brasil, segundo o Anuário, e a IBM,com receita liquida de US$ 1,79 bilhão, seguida da HP Brasil (US$ 1,512 bilhão) e da Samsung (US$ 854,4 milhões). Entre as brasileiras, a mais bem colocada e a estatal Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), com receita de US$ 556,1 milhões, em sexto lugar. A Itautec ficou em sétimo, com US$ 548,4 milhões, e a Positivo Informática, maior fabricante de computadores do Pais, ficou na nona colocação, com receita de US$ 472,4 milhões.
'Entre os mercados que a HP atua, o que mais tem crescido e o de consumo, incentivado pela Expansão do financiamento, somada ao dólar favorável', afirmou Denoel Eller, diretor de Marketing e Soluções da HP. A Lei do Bem, que reduziu tributos federais sobre a venda de computadores, reduziu a participação do mercado cinza, que trabalha com pecas contrabandeadas, e baixou o preço dos produtos. 'O consumidor puxa toda a economia.'
No mercado corporativo, o executivo destacou que o crescimento do investimento estrangeiro no Pais e a abertura de capital das empresas brasileiras tem levado a investimentos crescentes em tecnologia da informação. 'O mercado tem sido incentivado pelo setor privado', explicou Eller. 'Os investimentos em TI normalmente estão ligados ao crescimento da economia.'
O mercado brasileiro de tecnologia tem crescido acima da media mundial. 'Hoje somos o 12o maior mercado do mundo', apontou o diretor da HP. 'Em 2010, chegaremos a nono ou décimo.' Ele destacou que o País também tem atraído investimento em pesquisa e desenvolvimento. A HP e suas 28 universidades parceiras tem mais de mil pessoas envolvidas na criação de tecnologia adotada pela empresa em todo o mundo. 'Investimos mais que o dobro do que exige a legislação', disse o executivo.
O Anuário destacou a Positivo Informática como a empresa do ano. A receita da companhia avançou 78,46%, em dólares, no ano passado e avançou da 17a para a 9a posição no ranking. 'O mercado foi impulsionado pela redução dos preços em função da queda do dólar e da isenção de PIS e Confins, concedida através da MP do Bem para computadores de ate R$ 4mil, além do Programa Computador Para Todos, do governo federal, que permite que o computador seja financiado em ate 24 parcelas no varejo, a taxas de juros mais baixas', afirmou Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, ao Anuário.
Os fabricantes de computadores acreditam que o Natal deste ano será dos notebooks. As vendas de computadores portáteis cresceram 106,7% no segundo trimestre deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2006, segundo a consultoria IDC. A participação dos notebooks nas vendas totais de PCs esta em 16%.
Mais da metade do faturamento do setor de tecnologia da informação são serviços, segundo a publicação. O setor de serviço liderou o crescimento em 2006, com expansão de 25%, e respondeu por 51% das receitas liquidas. As vendas de equipamentos subiram 17,8%, chegando a 37,3% do total, e as de software diminuíram 1,55%, ficando em 11,7%. Foram avaliadas 252 empresas.
O Brasil tem uma fatia de 46% do mercado de tecnologia da informação da América Latina, o dobro do que movimenta o Mexico, o segundo colocado na região. A argentina vem em terceiro, com 6%. As grandes empresas, com mais de 500 funcionários, são responsáveis por mais 60% do mercado de tecnologia no Brasil.
No ranking das multinacionais de tecnologia da informação, que leva em conta os números mundiais das companhias, a HP ficou em primeiro lugar, com receita liquida de US$ 91,6 bilhões, seguida da IBM (US$ 91,4 bilhões) e da Microsoft (US$ 44,2 bilhões).
O Estado de S. Paulo – SP, Renato Cruz, 31 de outubro de 2007