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Diferentes, mas sem barreiras
A unidade oferece atendimento especial a deficientes físicos, visuais e auditivos, além de portadores de dislexia e lactantes. Para ser beneficiado, o candidato deve fazer pedido no período indicado no edital, apontando suas necessidades e comprovando-as em laudo médico.
A análise é feita por uma banca, formada por pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e médicos, que participam do Programa de Apoio ao Portador de Necessidades Especiais (PPNE) da UnB. Em 2006, foram feitos 9.777 atendimentos especiais. Este ano, cerca de 20 mil pessoas tiveram solicitações aceitas.
Uma das beneficiadas foi a administradora de empresas Letícia Batista Fayad, 29 anos. Deficiente visual desde o nascimento, ela sempre recorreu ao atendimento especial oferecido pelo Cespe nos concursos em que se inscreveu. Como sua visão é considerada subnormal, Letícia precisa ler com clareza. A prova que recebe é superampliada.
“O centro dispõe de um serviço eficiente, que nos permite participar dos processos seletivos de forma igualitária”, conta. Letícia trabalha no Serpro, lugar conquistado por meio de concurso, em 2005, tendo disputado uma das 1,1 mil vagas com mais de 23 mil candidatos.
A pequena Maria Antônia, aos dois anos, já participava da vida profissional da mãe. A jornalista Daniela Luciana da Silva, 36, prestou concurso para a Agência Nacional de Telecomunicações, como lactante. “Ter a oportunidade de participar do concurso dessa maneira foi fundamental. Fiz o pedido por e-mail, enviei o laudo médico e levei meu marido, Francisco, como acompanhante no dia”, recorda. Assim, conseguiu amamentar a filha durante a prova.
Jornal de Brasília, 28 de outubro de 2007